Bolívia nega que Evo Morales teve tumor
O governo da Bolívia negou que o presidente Evo Morales tenha sofrido um tumor na região do nariz. A informação aparece num documento diplomático americano vazado pelo site Wikileaks nesta terça-feira (30). No documento, o ex-embaixador americano, Clifford Sobel, relata um almoço com o ministro da Defesa, Nelson Jobim, em janeiro de 2009. O diplomata diz que “Jobim confirmou um rumor prévio de que Morales está sofrendo com um sério tumor na cavidade óssea do nariz. Jobim disse ao embaixador que Lula ofereceu a Morales exames e tratamento em um hospital de São Paulo”. O porta-voz do governo boliviano, Iván Canelas, desmentiu a suposta doença do presidente. - Foi um problema de septo nasal, mas de nenhuma maneira o presidente tinha um tumor, menos ainda um tumor que poderia gerar dificuldades em sua saúde. Canelas disse que o presidente Morales foi operado em fevereiro por uma equipe de médicos cubanos em La Paz, porque tinha "um problema de septo nasal". - Todos sabem que o presidente se submeteu a uma cirurgia do nariz, porque tinha um problema de septo que gerava dificuldades, especialmente coriza, às vezes resfriados constantes, permanentes. Segundo o documento, Morales precisa de uma cirurgia para remover o suposto tumor. O memorando diz, no entanto, “que o tratamento foi suspenso até depois do referendo constitucional, marcado para 25 de janeiro”. O ministro da Defesa teria presenciado a oferta de Lula a Morales durante um encontro. O documento confidencial diz que Jobim “comentou que o tumor ajuda a explicar a razão pela qual Morales parece sem foco e não em seu jeito habitual neste e em outros encontros recentes”. O ministro Jobim negou nesta terça-feira outras informações vazadas pelo site Wikileaks a seu respeito. Procurado pelo R7, o Ministério da Defesa disse que “não vai se pronunciar” sobre a suposta conversa de Jobim a respeito do presidente boliviano. Em outro memorando, Jobim aparece dizendo que o então número dois do Itamaraty (ministério das Relações Exteriores), Samuel Pinheiro Guimarães, odiava os EUA. O documento é parte de 250 mil telegramas confidenciais do serviço diplomático americano, que foram vazados pelo Wikileaks. O site já divulgou, anteriormente, informações secretas sobre as guerras do Afeganistão e Iraque.
Fonte: R7