Câmara aprova MP que prevê renda mínima de R$ 70 no Bolsa Família
Bolsa Família
A Câmara dos Deputados aprovou nesta terça-feira (7) medida provisória
que amplia a cobertura do programa Bolsa Família. O projeto do governo
determina que as famílias cuja renda é menor que R$ 70 per capita (por
pessoa) passarão a receber um complemento no benefício para que possam
sair da extrema pobreza. O governo considera como extremamente pobres, miseráveis ou na pobreza
absoluta as famílias com renda mensal por pessoa inferior a R$ 70. Antes de virar lei, a proposta precisa ser submetida à análise do Senado e, depois, ser sancionada pela presidente Dilma Rousseff Se não for aprovada até quinta-feira (9), a MP perde a validade. Se o projeto for
aprovado, uma família que tenha, por exemplo, renda
per capita de R$ 40 por mês, passará a receber um benefício extra para
complementar a renda até R$ 70. Segundo o governo federal, a medida
possibilitará que todos os 22 milhões de beneficiários cadastrados no
Bolsa Família fiquem acima da linha de extrema pobreza. A estimativa do Executivo é de que ainda existam cerca de 2,52 milhões
de brasileiros não identificados ou cadastrados nos programas sociais
vivendo em situação de miséria. Para erradicar a pobreza absoluta no
país, o governo precisa localizar e incluir essas pessoas no Cadastro
Único para Programas Sociais. No projeto, o Executivo informou ao Congresso que a medida provisória
irá gerar um impacto de R$ 1,744 bilhão por ano aos cofres públicos. Os
valores pagos pelo Bolsa Família, informou o ministério, variam de R$ 36
(trinta e seis reais) a R$ 306 (trezentos e seis reais), de acordo com a
renda mensal por pessoa da família e o número de filhos menores. Agora,
todas as famílias que não superarem renda de R$ 70 receberão um
adicional do governo. O texto original da MP 590, enviado em novembro para o Congresso,
previa apenas a ampliação da faixa etária do programa federal para até
15 anos. Antes de a medida ser editada, somente crianças de 0 a 6 anos
eram atendidas pelo Brasil Carinhoso, política pública que prevê que
todas as famílias extremamente pobres com pelo menos uma criança tenham
renda mínima de R$ 70. Três meses após publicar a MP 590, o Palácio do Planalto decidiu
universalizar o acesso à renda mínima a todos os participantes do Bolsa
Família, independentemente de sua composição familiar. Com isso, a
relatora do projeto, deputado Rose de Freitas (PMDB-ES),
decidiu incorporar o conteúdo do projeto de lei mais recente ao texto
da MP editada no ano passado, que havia ficado sem efeito com as novas
regras.
Fonte: G1 - Matéria de Fabiano Costa - Brasília
Nenhum comentário:
Postar um comentário
acesse o link abaixo para maiores informações
http://assurb116teresopolis.blogspot.com/