Ideli defende que discussão judicial sobre royalties não seja prolongada
Ideli Salvatti
A ministra de Relações Institucionais, Ideli Salvatti, defendeu
nesta quarta-feira que a discussão judicial sobre os critérios de
distribuição de royalties entre Estados e municípios não seja
prolongada.
Após a derrubada dos vetos presidenciais à lei que definiu novas
regras de rateio desses recursos, os grandes Estados produtores da
commodity (Rio de Janeiro, Espírito Santo e São Paulo) recorreram ao
Supremo Tribunal Federal (STF). As novas regras diminuem a fatia que
esses entes terão direito na distribuição e alteram inclusive os
critérios de divisão dos royalties e participações especiais sobre
contratos já em andamento. "É importante para nós que a judicialização dessa matéria não
seja demorada", disse a ministra no programa Bom Dia Ministro desta
quarta. "Esperamos que isso não se prolongue." Sob o argumento de que a nova lei rompe o pacto federativo e
provocará cortes abruptos em suas expectativas de receitas, esses
Estados apresentaram ações diretas de inconstitucionalidade (Adin) ao
Supremo, que serão relatadas pela ministra Cármen Lúcia. Na segunda-feira, a ministra determinou, em decisão monocrática,
suspender a nova fórmula de distribuição dos royalties do petróleo. Os
novos critérios entraram em vigor na última sexta-feira, quando foi
publicada a lei sem os vetos. Cármen Lúcia disse na terça-feira que trabalhará nas ações ao
longo da próxima semana e prometeu liberar o processo para o plenário da
Corte em breve. "Royalties é uma assunto que nós vamos ter ainda muitas emoções.
Como judicializou, agora nós temos que esperar a decisão do Supremo",
acrescentou Ideli em entrevista a repórteres após a participação no
programa de rádio. Ideli afirmou ainda ter a expectativa de que seja aprovada
matéria sobre a unificação das alíquotas do Imposto sobre a Circulação
de Mercadorias e Serviços (ICMS), que tramita no Senado, o que poderia
resolver a disputa entre os Estados conhecida como guerra fiscal.
Fonte: Reuters Brasil
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