quarta-feira, 20 de março de 2013


94,6% dos reajustes salariais em 2012 superam a inflação, diz Dieese



Quase 95% dos reajustes salariais negociados no Brasil em 2012 ficaram acima da inflação, aponta levantamento divulgado nesta quarta-feira (20) pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). Segundo a pesquisa, 94,6% dos reajustes salariais de 704 unidades de negociação analisadas conquistaram aumentos reais de salários, na comparação com a evolução do Índice Nacional de Preços ao Consumidor, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (INPC-IBGE). O resultado foi o mais expressivo em termos de unidades de negociação que conquistaram reajustes acima da inflação desde 1996, segundo o Dieese. Em 2011, o percentual de reajustes que superaram a inflação foi de 87,1%. "Em 2012, o valor médio do aumento real foi de 1,96% acima do INPC-IBGE, o maior do período analisado", destacou o Dieese. Em 2011, o aumento médio real foi de 1,34% acima da inflação. De acordo com o Dieese, 4,1% das negociações feitas no ano passado conquistaram reajustes em percentual igual a este índice de inflação, e em apenas 1,3% o reajuste foi inferior. Entre os setores econômicos pesquisados, a indústria foi o que apresentou a maior incidência de aumentos reais em 2012: 97,5% das negociações analisadas neste setor apresentaram aumentos reais de salários. Também foi a indústria o único setor a não apresentar reajustes abaixo da inflação no ano passado. No comércio, aproximadamente 96% das unidades de negociação analisadas tiveram reajustes acima da inflação acumulada por ocasião da data-base em 2012; 1% obteve correção salarial em valor igual à variação do INPC-IBGE; e 3%, em valor abaixo. Nos serviços, cerca de 90% das categorias analisadas conquistaram aumentos reais; 8%, reajustes em valores iguais à inflação; e quase 3%, abaixo. "Para 2013, a tendência é de as negociações manterem ou avançarem os patamares conquistados em 2012. A situação econômica é claramente mais positiva. O PIB já está rodando em torno de 2,4% ao ano, podendo chegar a 3% e 4% até final de dezembro. A taxa de câmbio está mais adequada para a competitividade das exportações e para a inibição da importação de produtos industriais", afirma o Dieese no relatório.

Fonte: G1

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