sexta-feira, 30 de novembro de 2012


Palestinos criticam anúncio israelense de expansão de colônias


 Hanane Ashraui


A dirigente palestina Hanane Ashraui condenou nesta sexta-feira (30) o anúncio da construção de novas propriedades em colônias israelenses, o que considerou uma medida de represália ao acesso da Palestina ao status de Estado observador não-membro da ONU. "Trata-se de uma agressão israelense a um Estado, e o mundo deve assumir suas responsabilidades", disse à France Presse Hanane Ashraui, membro do Comitê Executivo da Organização para a Libertação da Palestina (OLP). Israel anunciou que vai autorizar a construção de 3 mil novas casas em Jerusalém Oriental e na Cisjordânia. A autoridade, que falou sob condição de anonimato, disse que o governo conservador do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu autorizou a construção de 3 mil moradias e ordenou o "zoneamento preliminar e planejamento de (outras) milhares". A imprensa israelense disse que o governo buscou reforçar domesticamente sua rejeição à aprovação na Assembleia Geral da ONU da elevação do status palestino na entidade para "Estado observador não-membro" - uma resolução a que Israel e Estados Unidos se opuseram. Israel considera toda a cidade de Jerusalém como sua capital indivisível e quer manter faixas de assentamentos na Cisjordânia sob qualquer eventual tratado de paz com palestinos. A maioria das potências mundiais considera os assentamentos ilegais por serem erguidos em terras capturadas por Israel na Guerra dos Seis Dias, em 1967. Palestinos querem que seu Estado inclua a Faixa de Gaza, que Israel desocupou em 2005 e agora é governada por islâmicos do Hamas. Nesta quinta-feira (29), a Assembleia Geral das Nações Unidas concedeu à Palestina o status de Estado observador da ONU, qualificado pelo presidente Mahmoud Abbas como "passo histórico para a independência". Abbas, que antes da votação havia considerado o status como um pedido de uma"certidão de nascimento" do Estado palestino, admitiu que ainda há "um longo caminho" pela frente e propôs ao Hamas, movimento islâmico que domina a Faixa de Gaza, o fim das divisões. A mudança de status significa um reconhecimento implicito da existência do Estado Palestino no Oriente Médio. O pedido palestino foi aprovado por vasta maioria, de 138 votos a 9. Abstiveram-se da votação, ocorrida na sede das Nações Unidas em Nova York, 41 países. Antes da votação, o embaixador de Israel na ONU, Ron Prosor, apresentou as razões pelas quais seu país era contra a petição, que, segundo ele, é "tão unilateral, que afasta a possibilidade de paz" na região, em vez de a perseguir. "Não há atalhos, não há soluções fáceis", disse Prosor. "A paz não pode ser imposta de fora." Ele afirmou que a resolução "cria expectativas que não pode cumprir" e acusou os palestinos de "nunca terem reconhecido" o Estado de Israel. Segundo ele, a resolução não contempla o problema da segurança de Israel. A representante dos EUA na ONU, Susan Rice, ao justificar seu voto contrário, logo após a votação, pediu aos dois lados que retomem as negociações diretas de paz e advertiu contra ações unilaterais.

Fonte: G1

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