ESPORTE
O GRANDE DINO SANI COMPLETOU OITENTA ANOS
DINO SANI
Com todo o respeito ao grande,
Zito, que foi um craque, como centro médio, do Santos e da seleção brasileira,
bicampeão mundial, em 1958, na Suécia e em 1962, no Chile, também, com muito
respeito, ao Clodoaldo, da mesma posição, que também foi craque e que também
foi do Santos e da seleção brasileira e ainda, foi campeão mundial com a
seleção brasileira, em 1970, no México, com todo o respeito a outros grandes
jogadores da posição, que jogaram aqui no Brasil, mas para mim, Dino Sani que
fez ontem, dia 24 de maio, 80 (oitenta) anos, foi o maior centro médio que eu
vi no Brasil. Centro médio, antigamente, corresponde ao que hoje chamamos de
volante. Bem, volante, ou centro médio, como queiram, os que jogam hoje em dia,
nesta posição, são com raras e honrosas exceções uns botinudos, que só servem
para desarmar, isto quando conseguem e são raros, os volantes, hoje em dia, que
sabem dar um passe de qualidade. Os três
acima eram bem diferentes, sabiam desarmar e sabiam com perfeição, passar uma
bola, ou fazer um grande lançamento, assim como, outros grandes centros médios,
daquela época e foram muitos. Porém, para mim, ninguém superou ao grande, Dino
Sani.
DINO SANIN COM A CAMISA DA SEÇÃO BRASILEIRA
Dino Sani era o titular da seleção brasileira, na Copa do Mundo de 1958,
na Suécia e o grande Zito era o seu reserva. Dino Sani jogou as duas primeiras
partidas, daquela Copa do Mundo, Brasil 3X0 Áustria e Brasil 0X0 Inglaterra, o
primeiro 0X0, na história das Copas do Mundo. Porém, Dino Sani se machucou
neste segundo jogo e deu lugar ao Zito, que o substituiu à altura, até o final,
da Copa do Mundo, de 1958, na Suécia. Em 1962, Dino Sani estava jogando no
Milan da Itália, teve um convite para se naturalizar italiano, mas diferente de,
Mazzola, o nosso José Altafini, que se naturalizou italiano e disputou a Copa
do Mundo de 1962, no Chile, defendendo a Itália, Dino Sani, não quis se
naturalizar italiano e como na época era caríssimo trazer um jogador que
estivesse jogando fora do país, para disputar, uma Copa do Mundo, algo na época,
praticamente impossível, Dino Sani, não pode ser convocado para a seleção
brasileira, que foi bicampeã mundial, na Copa do Mundo, de 1962, no Chile. Dino
Sani jogava com tanta classe e elegância que o chamavam de “Senhor Elegância”,
elegância essa, que ele mantinha fora dos campos, sempre, se trajando
magnificamente, coisa que faz até hoje, quando completa seus 80 (oitenta) anos.
Quando foi convocado para a Copa do Mundo de 1958, na Suécia, Dino Sani era
jogador do São Paulo Futebol Clube e em 1957, com aquele clube, tinha sido
campeão paulista, o que lhe valeu a convocação, para a seleção brasileira, que
disputou a Copa do Mundo, de 1958, na Suécia.
DINO SANI NO SÃO PAULO
Depois daquela Copa do Mundo, no
ano de 1959, Dino Sani foi vendido pelo São Paulo Futebol Clube, ao Clube Atlético Boca Juniors, de Buenos Aires, capital da Argentina. O Boca Juniors, que diga-se de passagem é o clube mais popular e o clube de maior torcida na Argentina e tinha nesta época, diversos brasileiros no time.
DINO SANI NO BOCA JUNIORS
Além de Dino Sani, o Boca Juniors, tinha ainda na época, em seu time, os brasileiros; Paulo Valentim ex-Botafogo, do Rio de Janeiro; Almir, o famoso, "Almir o Pernambuquinho", ex Vasco da Gama, do Rio de Janeiro e no quarto zaqueiro, Orlando Peçanha, ex Vasco da Gama do Rio de Janeiro, e campeão mundial como titular da seleção brasileira, em 1958, na Copa do Mundo da Suécia, junto com o próprio Dino Sani.
DINO SANI NO MILAN
Em 1961,
foi para o Milan da Itália, onde em 1962, foi campeão italiano e ainda, com o
Milan, foi campeão da Copa dos Campeões da Europa, na temporada 1962/1963, ao
bater de virada no jogo final, realizado no Estádio de Wembley, em Londres, na
Inglaterra, no dia, 22 Maio 1963, uma
quarta feira ao poderoso Benfica, de Eusébio, por 2X1. Eusébio fez 1X0, para o
Benfica, ainda, no primeiro tempo. Mas, no segundo tempo, com dois gols, do outro
brasileiro do time, Mazzola, o José Altafini, o Milan virou o jogo e ganhou a
partida, tornando-se campeão, de 1962/1963, da Copa dos Campeões da Europa. Em
1965, Dino Sani voltou para o Brasil, contratado pelo Sport Club Corinthians
Paulista e em 1966, foi convocado na pré lista dos 45 (quarenta e cinco)
jogadores, convocados pela comissão técnica, para treinamentos,para a Copa do
Mundo,de 1966, na Inglaterra, destes, apenas 22(vinte e dois), na época e não
23 (vinte e três) como é hoje seriam inscritos Para aquela Copa do Mundo, os
demais seriam cortados. Este 45 (quarenta e cinco) jogadores se concentraram
aqui, em Teresópolis, no Hotel Pinheiros, em Quebra Frascos e treinavam no
campo do Teresópolis, onde inclusive, em um domingo, realizaram 02 (dois) jogos
treinos, um contra o América, onde Edu, irmão do Ziico que começava a aparecer,
para o futebol, jogou. O outro jogo treino, o segundo da tarde, foi contra o
Bangu, onde Cabralzinho, o mesmo, Cabralzinho, que hoje é técnico, arrebentou,
jogando pelo Bangu. Bem, quando não treinavam ali, treinavam na Granja Comary,
em uma época em que havia um bom campo, mas, ainda não pertencia a CBF, como
hoje pertence, nem sequer se imaginava, que isso iria acontecer, a CBF,
comprar, uma grande parte da Granja Comary e lá montar o seu centro de
treinamentos. Bem, voltemos ao Dino Sani. Eu era menino ainda, mas fui ver a
maioria dos treinos, da seleção e o Dino Sani, sempre, mesmo já, um tanto
quanto, veterano, para mim, era em todos os treinos e jogos treinos, o melhor
volante, ou centro médio, como queiram e um dos melhores jogadores entre
aqueles 45 (quarenta e cinco) pré convocados. Porém, a despeito do que eu
achava, para minha grande surpresa, a comissão técnica, formada para a Copa do
Mundo, de 1966, na Inglaterra, cortou o Dino Sani e ele não foi relacionado, para ir aquela Copa
do Mundo, no fundo, acho que até bom para ele, o grande, Dino Sani, pois, não
passou a vergonha da participação, pífia do Brasil, naquela Copa do Mundo,
quando o selecionado brasileiro, não
passou da primeira fase. Dino Sani é um paulista de nascimento, nascido em São
Paulo, capital.
DINO SANI NO CORINTHIANS
Começou sua carreira, como jogador de futebol, profissional, no
ano de 1951, no Palmeiras; depois foi para o XV de Jaú; a seguir para o Comercial,
de São Paulo, capital; depois para o São Paulo; a seguir, para o Boca Juniors;
depois foi para o Milan e voltou para o Brasil, em 1965, para jogar no
Corinthians e por este clube, no ano de 1968, encerrou sua carreira como
jogador. Encerrada a carreira de jogador, Dino Sani passou a ser técnico de
futebol e como técnico, também fez sucesso e isso pode ser comprovado, ainda no
início de sua carreira, como técnico, quando em 1970, recusou o convite para
ser o técnico da seleção brasileira, substituindo João Saldanha, que havia saído
do comando da seleção brasileira. Por ser muito amigo de João Saldanha, Dino
Sani recusou a proposta, deixando o espaço livre, para Zagallo, que foi o técnico, que então, foi
tri-campeão mundial com o Brasil, na Copa do Mundo, de 1970, no México. Mas,
Dino Sani seguiu a carreira, como técnico e como técnico, também, teve brilhantes
conquistas. Entre outros clubes, dirigiu o Corinthians e o Flamengo, clubes das
duas maiores torcidas do Brasil. Parabéns ao grande, Dino Sani, por sua vida
exemplar, como jogador, de excelente qualidade e total lealdade, em campo; como
grande, técnico, que ele foi; por toda a sua elegância, dentro e fora dos
gramados; pela grande figura humana, que nele está muito bem representada e
parabéns, pelos 80 (oitenta) anos de i9dade completados ontem. Parabéns, grande “Senhor Elegância”! Parabéns, grande
Dino Sani!
Pesquisa feita por Benigno
Antonio Hermida Pinheiro Freire, com apoio e montagem de Yuri Barbosa dos
Santos Hermida Pinheiro Freire
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