Mota-Engil
Mota-Engil diz que já liquidou dinheiro exigido pelo Estado
O grupo Mota-Engil já liquidou os montantes que lhe foram pedidos pelas Finanças no âmbito do processo Operação Furacão, disse hoje à agência Lusa fonte ligada à empresa. A mesma fonte precisou que além do presidente do grupo, António Mota, que está a ser ouvido no Departamento Central de Investigação e Acção Penal (DCIAP), outros responsáveis da Mota-Engil prestaram declarações no âmbito do mesmo processo ao longo dos últimos cinco anos. Quanto aos montantes que já terão sido pagos, a mesma fonte não precisou valores. De acordo com o semanário Sol, António Mota está a ser ouvido na sequência de uma investigação que detectou, em buscas efectuadas, em 2005, ao BPN, Finibanco, BES e BCP, um esquema de fuga ao fisco e branqueamento de capitais. Segundo o Jornal de Negócios, António Mota, que foi constituído arguido na Operação Furacão há cerca de ano e meio, foi notificado para ser ouvido no DCIAP há cerca de um mês. Apesar de estar na situação de arguido, o presidente do grupo Mota-Engil ainda não tinha sido ouvido no processo. O presidente do grupo Mota-Engil, que chegou ao Campus de Justiça, em Lisboa, acompanhado pelo seu advogado, Daniel Proença de Carvalho, está a ser ouvido pelo procurador Rosário Teixeira. A Operação Furacão, um mega-processo por crimes de fraude fiscal e branqueamento de capitais, investiga a suspeita de que centenas de empresas colocaram fora de Portugal milhões de euros, por intermédio de bancos e outras instituições financeiras, através de facturação falsa. Segundo a procuradora-geral adjunta Cândida Almeida, que dirige o DCIAP, o Estado já recuperou 100 milhões de euros no decurso desta operação, em resultado da possibilidade de as empresas poderem obter a suspensão provisória do processo através do pagamento da quantia em dívida ao Estado.
Fonte: Público.pt e Jornal de Negócios
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