BM&F
Juros futuros seguem com aumento dos prêmios de risco na BM&F
A aceleração mais forte que o previsto da inflação medida pelo Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M) na segunda prévia de novembro e as incertezas políticas dão o tom para o mercado de juros futuros, nesta sexta-feira. Investidores voltam a reduzir suas posições no mercado e levam a um novo aumento dos prêmios de risco na Bolsa de Mercadorias e Futuros (BMF). Há pouco, o Depósito Interfinanceiro (DI) com vencimento no início de 2012 tinha alta de 0,03 ponto percentual, a 11,67%, enquanto o contrato de abertura de 2013 subia 0,04 ponto, a 12,19%. O DI de janeiro de 2014 também registrava aumento de 0,04 ponto, a 12,17%. Na ponta mais curta da curva, o DI com vencimento em janeiro de 2011 tinha alta de 0,02 ponto, a 10,68%. Na agenda do dia, enquanto aguardam os números do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) referente a outubro, os agentes analisam novos dados inflacionários. Segundo a Fundação Getulio Vargas (FGV), o Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M) registrou alta de 1,20% na segunda prévia deste mês. Em igual período de outubro, a leitura tinha sido positiva em 0,89%. O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) apresentou elevação de 1,55% na parcial de novembro, seguindo o aumento de 1,16% de um mês antes. "A volta da aceleração do IGP-M no 2º decêndio de novembro, em especial do índice de preços ao produtor, é um mal sinal para a inflação no final de ano. O fato de o IPA agrícola ter interrompido sua trajetória de desaceleração é preocupante, uma vez que sua taxa de variação é muito elevada (acima de 4% nos últimos dois meses e tudo indicando que vai ficar assim também em novembro)", assinalou o Banco Fator, em relatório. No front político, a presidente eleita, Dilma Rousseff, formalizou, ontem, convite ao ministro da Fazenda, Guido Mantega, para permanecer chefiando a principal pasta da área econômica do governo. Matéria do Valor mostrou ainda que a presidência do Banco Central permaneceu indefinida até a noite de ontem, mas que estavam bem cotados o atual diretor de Normas, Alexandre Tombini, e o presidente da Febraban e presidente do Santander Brasil, Fábio Colletti Barbosa. De toda forma, a permanência de Henrique Meirelles no cargo, conforme recomendou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva à Dilma Rousseff, ainda não pode ser descartada. O economista da Gradual Investimentos André Perfeito assinala que Meirelles só permanecerá se tiver da presidente eleita "total autonomia". "Meirelles só fica se ela [Dilma] conseguir enquadrar o ministro da Fazenda aos assuntos da sua pasta, e não escapando para outras searas. Se Meirelles for confirmado junto ao BC, nos parece provável que ele patrocine um aumento substancial na taxa Selic logo no início do ano para tentar ancorar as expectativas de inflação, expectativas estas que já estão perigosamente próxima do teto da meta para 2011. Isto se ele não for confirmado antes da reunião do Copom em dezembro. Neste caso é bem provável que ele já comece o ajuste agora", apontou o economista, em relatório enviado a clientes.
Fonte: O Globo - Beatriz Cutait
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