Paulo Francini
Crescimento do emprego na indústria de SP desacelera
O crescimento do nível de emprego na indústria paulista desacelerou em setembro, conforme esperado, mas a perspectiva para o ano ainda é de desempenho favorável. A Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) informou nesta quinta-feira que o emprego na indústria paulista cresceu 0,10% em setembro frente a agosto, o equivalente à criação líquida de 13.500 vagas, segundo dados com ajuste sazonal. Sem ajuste, houve alta de 0,52%. - Depois de taxas mais fortes (no início do ano), estamos em uma fase mais atenuada de crescimento do emprego. Setembro não teve mais a força dos meses anteriores, mas o desempenho ainda é positivo - afirmou o diretor de economia da Fiesp, Paulo Francini, destacando ainda que a geração de vagas continua disseminada por vários ramos de atividade. No mês passado, 18 setores reportaram admissões e quatro divulgaram demissões líquidas. Entre janeiro e setembro, o emprego industrial registrou alta de 8,04%, com geração de 193.500 novos postos. A previsão da Fiesp é de que 2010 termine com cerca de 120 mil novos postos criados, um crescimento de 5%. O número deve recuar a 100 mil no ano que vem, com expansão de cerca de 4%. A taxa de crescimento da atividade na indústria deve ser de 10% neste ano e entre 5% a 6% no próximo. - O emprego não acompanha o mesmo ritmo porque houve ganhos de produtividade - explicou Francini. A Fiesp comentou que, entre os fatores que podem comprometer esse desempenho, está a balança comercial - afetada pela valorização do câmbio. - Isto é o ponto de dúvida da indústria, já que em relação à demanda (interna) vemos sinais de manutenção em bom nível - disse o diretor. Ele informou ainda que o nível de emprego na indústria do Estado está com 16 mil vagas a menos que no período anterior à piora da crise global, em setembro de 2008. A recuperação completa deve ocorrer no início de 2011. Entre os setores pesquisados, o de Móveis se destacou na geração de empregos em setembro, enquanto o de Fabricação de coque, produtos derivados do petróleo e de biocombustíveis e o de Alimentos foram destaques de baixa. - Mais uma vez, os setores associados a açúcar e álcool tiveram o pior desempenho - completou Francini.
Fonte: O Globo
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