quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Mahmoud Ahmadinejad

Partidários xiitas recebem Ahmadinejad perto de Israel


Milhares de partidários do Hezbollah lotaram um estádio no sul do Líbano hoje, em Bint Jbeil, uma cidade próxima à fronteira com Israel, onde esteve o presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad. O mandatário iraniano fez um discurso no qual afirmou que o Estado de Israel é mais fraco que "uma teia de aranha". Bint Jbeil fica a 4 quilômetros da fronteira com Israel e é chamada de "capital da resistência", porque foi um centro de operações do grupo xiita Hezbollah e de outros partidos da resistência libanesa contra a ocupação militar de Israel no sul do Líbano, que durou de 1982 a 2000. Ahmadinejad também visitou o vilarejo de Qana, onde um ataque aéreo israelense matou dezenas de civis libaneses em 2006. O líder iraniano recebeu uma calorosa recepção dos moradores do sul libanês, em grande parte islâmicos xiitas. O porta-voz do governo de Israel, Mark Regev, criticou a viagem. "O domínio do Irã sobre o Líbano, através do seu protegido, o Hezbollah, destruiu qualquer chance de paz, transformou o Líbano em um satélite iraniano e numa rede de terrorismo e instabilidade regionais", afirmou Regev. Ahmadinejad tenta mostrar na visita ao Líbano, que começou ontem em Beirute, que o Irã é aliado de todos os libaneses, não apenas dos xiitas. Os laços do Irã com o Hezbollah datam de mais de 30 anos. Teerã financia o Hezbollah, o qual recebe milhões de dólares por ano do governo iraniano, e acredita-se que o Irã também entregue armamentos ao grupo xiita. Outro partido xiita libanês, o Amal, que era mais importante na década de 1980, também foi financiado pelo Irã. Nas áreas de maioria xiita do Líbano, no sul do país, no Vale do Bekaa e no subúrbio sul de Beirute, o Hezbollah exerce poderes como se fosse um estado dentro do Estado. Mas a chegada de Ahmadinejad aumentou os temores em meio ao conjunto dos libaneses, particularmente muçulmanos sunitas e cristãos. Eles temem que o Irã imponha sua vontade sobre o Líbano e possivelmente leve o país a uma nova guerra contra Israel.

Fonte: Estadão 

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