TESE E OPINIÃO

                        A VENEZUELA NO MERCOSUL

Semana passada a Comissão de Relações Exteriores do Senado aprovou a entrada da Venezuela no MERCOSUL.Esta semana a matéria deverá ser votada no plenário e deverá passar sem problemas.

Argentina e Uruguai já aprovaram e o Paraguai,provavelmente,também aprovará a Venezuela como 5º membro do MERCOSUL.

Sem dúvida alguma a entrada da Venezuela é um marco,um avanço,para o MERCOSUL.

Forte parceira comercial do Brasil,terceira economia da América do Sul(economia esta que continua crescendo),a Venezuela,é a maior produtora de petróleo do cone sul,tendo ainda grandes reservas de gás.

Segundo o Ministro das Relações Exteriores do Brasil,Celso Amorim,no ano passado tivemos um superávit  de 4,5 bilhões de dólares,nas relações comerciais individuais com a Venezuela.

A entrada da Venezuela no MERCOSUL,não favorecerá apenas o Brasil,mas ao MERCOSUL como um todo,já que a colaboração entre os 5 países do bloco será mais forte.Senão vejamos:Argentina,Uruguai e Paraguai,pobres em reservas de petróleo,terão este produto(agora vindo da Venezuela),a um preço melhor,o que influenciará no intercâmbio comercial entre os países do MERCOSUL,puxando o preço dos produtos de exportação para baixo.Para termos uma idéia mais clara,tomemos como exemplo,o trigo que compramos da Argentina.Se pagamos hoje um preço alto por este produto,a tendência do preço é cair,já que o transporte rodoviário do mesmo,terá um custo menor,com o óleo diesel e com a gasolina mais baratos.

É  claro que além das relações comerciais;o turismo,o intercâmbio cultural e relações de outras naturezas,entre os 5 países do bloco serão favoráveis,gerando mais empregos e menos dependência.

Desde que Hugo Chávez assumiu o poder na Venezuela,o índice de analfabetismo naquele país,vem caindo vertiginosamente,e o nível de cultura está em crescente elevação como também acontece no Brasil de Lula;na Argentina de Cristina;no Paraguai de Lugo e no Uruguai de Vázquez.Isto aliado ao intercâmbio comercial do MERCOSUL e a outras melhorias e benefícios que vem sendo proporcionados às populações destes países,em especial,na área cultural,solidificam um mecanismo de avanço que não dá margem a tratar mais estes povos como massa de manobra.

Porém este impulso econômico e cultural que hora ascende aos países do MERCOSUL,não agrada aos interesses imperialistas norte-americanos,nem aos interesses de outros países que há muito espoliam a América Latina.Além disso fere também os interesses dos poderosos;dos políticos corruptos;dos velhos conservadores,antigos colaboradores dos regimes discricionários e até mesmo a parte  da mídia do mesmo naipe,onde ainda, infelizmente,trafegam na imprensa escrita,falada e televisada,jornalistas e cronistas que agem como verdadeiros ‘’capachos’’,serviçais e defensores da infame e velha política que torna milhões de pessoas reféns de poucos,com seus ‘’caprichos’’ e as costumeiras políticas dos conchavos,corrupções  e desmandos .

A atuação desse tipo de mídia,nós brasileiros,podemos testemunhar semana passada,logo após a Comissão de Relações Exteriores do Senado ter aprovado a entrada da Venezuela no MERCOSUL.

Jornalistas e cronistas,já burros velhos,comprometidos com a direita mais reacionária do nosso país,invadiram nossas casas via TV,com seus discursos cheios de ódio e desespero;onde até expressões inexistentes em nosso idioma foram proferidas  na tentativa desesperada de nos enganar.Um desses articulistas,com seus  grisalhos e ondulados cabelos,babando de ódio sobre seu terno de luxo e sua elegante gravata italiana,vociferou em determinado trecho de sua fala ‘’Chávez vai usar o MERCOSUL,para iranizar,talibanizar,escrachar o MERCOSUL’’.

Talibanizar?Iranizar?Que verbos são  esses?Em que raio de dicionário eles estão incluídos?

O que será que desespera tanto essa gente? Ao ponto de agredirem o próprio idioma?O que estarão eles perdendo com a entrada da Venezuela no MERCOSUL?

Não importa,se eles perdem,os povos dos países do MERCOSUL,ganham.

*Esta matéria é de única e total responsabilidade de quem a assina.

Texto de Benigno Antonio Hermida Pinheiro Freire.