Paralisação no governo americano fecha 90% da Nasa
A Nasa e outras agências que dependem do governo dos Estados Unidos receberam nesta terça-feira (1) ordens para suspender atividades não essenciais pela primeira vez em 17 anos. A paralisação acontece pela ausência de recursos para mantê-las em funcionamento, após a falta de um acordo no Congresso americano para aprovar o orçamento. As consequências mais graves dessa paralisação serão sentidas pelas agências governamentais especializadas em ciência, tecnologia, saúde e meio ambiente. O fechamento do governo obrigará que quase 800 mil funcionários fiquem sem trabalhar. Isso pode custar mais de US$ 1 bilhão aos cofres públicos, segundo a Casa Branca. Pouco antes da meia-noite da última segunda-feira (30), o Escritório de Orçamento e Gestão da Casa Branca (OMB) deu instruções às agências federais para que fechem por causa da falta de fundos. "Infelizmente, o Congresso não cumpriu com sua responsabilidade. Não foi capaz de aprovar um orçamento. Como resultado, grande parte do nosso governo fechará agora até que o Congresso volte a financiá-lo", disse Barack Obama, o presidente do país, em vídeo da Casa Branca. Segundo o portal de notícias The Verge, a agência espacial americana encerrará quase todos os seus trabalhos ao ser obrigada a forçar 90% de sua força de trabalho a ir para a casa por tempo indeterminado. Apenas o controle da missão que está na Estação Espacial Internacional (ISS, na sigla em inglês) permanecerá ativo para apoiar os astronautas a bordo da nave atualmente. A ISS abriga, hoje, uma tripulação de seis astronautas que não podem ser abandonados. A operação exige controladores em terra de plantão 24 horas por dia, sete dias por semana, que enviam cerca de 1.000 comandos para a estação todos os dias. Na Flórida, a maioria de seus 2.085 funcionários do Centro Espacial Kennedy terão que ficar em casa. Os funcionários já demonstram preocupação com os efeitos de uma paralisação prolongada, ainda mais depois da aposentadoria dos ônibus espaciais americanos em 2011. Na época, além de milhares de pessoas desempregadas, a Nasa ficou dependente de empresas privadas e de naves de outros países para continuar suas missões. A agência de proteção ambiental americana tem cerca de 16.200 funcionários. Mas só 1.069 (cerca de 6%) continuarão trabalhando. Ficarão apenas funcionários com funções vitais, como os que fazem controle de animais de laboratório para manter a qualidade de vida dos bichos e garantir que testes de longa duração poderão continuar posteriormente. A agência considera a situação uma ameaça iminente, principalmente caso aconteça algum acidente ambiental. O Departamento de Saúde e Serviços Humanos dos EUA é uma agência imensa que inclui desde a Administração de alimentação e medicamentos (FDA, na sigla em inglês) até os Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC, na sigla em inglês). Com a paralisação, metade dos 78.686 funcionários da organização será convidada a ficar em casa. Ficarão apenas funcionários de unidades de saúde, de apoio à criança e de assistência social, e de serviços para idosos e pessoas com deficiência. A FDA lidará apenas com emergências e recalls de alto risco. Mas vai parar a inspeção de alimentos e medicamentos, assim como a maioria das pesquisas de laboratório. Já o CDC ficará com capacidade reduzida para responder a possíveis surtos de doenças. A preparação contra as emergentes gripes H7N9 ou MERS deve ser adiada. O programa de vacinação contra a gripe sazonal também não acontecerá até o final da paralisação.
Fonte: Info Online
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