quarta-feira, 11 de setembro de 2013

“Em qualquer lugar tem irregularidade”, diz ministro do Trabalho após demissão de secretário-executivo


Manoel Dias


O ministro do Trabalho, Manoel Dias, defendeu, nesta terça-feira (10), seu partido, o PDT, e seu antecessor no cargo, Carlos Lupi, diante da crise que assolou a pasta após a deflagração da Operação Esopo da PF (Polícia Federal), nesta segunda-feira (9). O ministro afirmou que o PDT é um “partido ficha-limpa”, mas que existem problemas que devem ser combatidos. — Em qualquer lugar tem irregularidade, não é só no Ministério do Trabalho. [...] Não é bom, mas é um fato que nós temos que enfrentar. As declarações foram dadas após o secretário-executivo Paulo Roberto dos Santos Pinto, número dois no Ministério e filiado ao PDT, pedir demissão.. Após ter o nome envolvido nas denúncias de fraude em licitações, o secretário decidiu se afastar do cargo. Em carta entregue ao ministro, Paulo Roberto reafirma sua inocência e diz ter “plena convicção” de que sempre agiu com “os princípios éticos e balizadores da moralidade pública”. — Decido solicitar a vossa excelência a exoneração do cargo [...] para que eu possa contribuir com a elucidação dos fatos e provar a minha inocência perante as instâncias institucionais competentes. O nome escolhido para ocupar o cargo foi Nilton Fraiberg, atual subsecretário de orçamento, planejamento e administração do Ministério do Trabalho. Após anunciar a demissão do número dois da pasta, o ministro reconheceu a fragilidade no sistema de fiscalização de convênios firmados com o Ministério do Trabalho. Segundo Manoel Dias, além do déficit de servidores, a pasta precisa adotar novas tecnologias para evitar fraudes como essas. — Ainda não tem uma estrutura a nível de [sic] poder detectar todas as falhas. Estamos procurando aperfeiçoar o sistema de controle, com novas medidas e adoção de novas tecnologias de ponta, enfim, nos capacitando para que cada vez menos ocorra esse tipo de irregularidade. A PF investiga fraude em licitações públicas de prestações de serviços, construção de cisternas, produção de eventos turísticos e de festivais artísticos para beneficiar o IMDC (Instituto Mundial de Desenvolvimento e Cidadania). Os contratos eram celebrados, mas os serviços ou eram superfaturados ou simplesmente não eram feitos. Parte do dinheiro recebido pela contratada era repassado a agentes públicos envolvidos no esquema. Segundo a polícia, o rombo aos cofres públicos chega a R$ 400 milhões.

Fonte: R7

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