terça-feira, 9 de julho de 2013

Conselho Federal de Medicina é contra trabalho de estudantes no SUS




Essas medidas provocaram críticas das entidades que representam os médicos.Tanto o Conselho Regional de Medicina de São Paulo quanto a Associação Médica Brasileira dizem que essa não é a maneira de resolver o problema da Saúde Pública no país. As medidas anunciadas pelo governo são paliativas, dizem os médicos. E, para eles, não resolvem os problemas da saúde pública no país. Um dos pontos mais criticados no anúncio do governo foi o segundo ciclo, que obriga os estudantes de medicina a trabalhar os dois últimos anos da faculdade na rede pública. “Mais dois anos vai exatamente atrasar a formação nas especialidades que o Brasil também precisa, e portanto nós somos radicalmente contrários a isso, que eles não querem chamar pelo nome, mas chama-se serviço civil obrigatório”, opina Roberto D’Ávila, presidente do Conselho Federal de Medicina.O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, defendeu o projeto do Governo Federal.  “O segundo ciclo de formação é o treinamento em serviço com supervisão, remunerada, a medida provisória que está encaminhada vai decidir qual é a esta remuneração. Ele é remunerado, está em treinamento em serviço e tem autorização para prática medica exclusividade do segundo ciclo”, diz Alexandre Padilha, ministro da Saúde. Outro ponto criticado pelas entidades médicas é a dispensa de uma avaliação de médicos estrangeiros que queiram vir trabalhar no Brasil. O governo propôs que esses profissionais não passassem pelo exame Revalida, desde que aceitassem trabalhar nas periferias das grandes cidades ou em municípios do interior onde faltam médicos. “O que nós defendemos é que qualquer médico formado em qualquer lugar fora do Brasil, quer seja brasileiro ou não, pode vir trabalhar no Brasil, desde que faça o Revalida, que é para a gente julgar se ele tem conhecimento, se ele tem habilidades para atender a população”, diz Florentino Cardoso, presidente da Associação Médica Brasileira. Padilha diz que a demanda por médicos é grande e que, se for necessário, o governo vai buscar profissionais fora do país. “Se tiver médicos bem formados que queiram atender à nossa população, aonde nós não conseguimos preencher as vagas com médicos brasileiros, Caso as vagas não sejam preenchidas por médicos brasileiros, nós vamos buscar atrair médicos de vários países do mundo”, explica Alexandre Padilha, ministro da Saúde. Dos anos 80 para cá diminuiu muito o interesse dos médicos recém-formados pelo serviço público, o que para o Conselho Regional de Medicina é um dos sintomas da falta de investimento. Segundo as entidades médicas, o que levaria os profissionais para as regiões mais carentes é remuneração, plano de carreira e condições para trabalhar. Na opinião delas, a saúde pública brasileira precisa de investimentos. “O diagnóstico é errado, o tratamento vai sair errado. Se não mudar a infraestrutura para trabalhar, se não mudar a condição que vai remunerar o médico, não vai mudar absolutamente nada. Porque se nós imaginarmos que o diagnóstico correto é: a saúde pública brasileira é subfinanciada. A saúde pública brasileira carece de uma boa gestão. Então nós precisamos encarar os desafios que verdadeiramente que tem colocado a saúde nesse caos aí”, diz Florentino Cardoso, presidente da Associação Médica Brasileira. Várias entidades que representam os médicos divulgaram nota, que diz: “nos próximos dias, deverá ser feito o questionamento jurídico da iniciativa do Governo Federal”.

Fonte G1

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