Dólar
muda de rumo e volta a subir
Aldo
Mendes
Após
operar em queda pela manhã, o dólar mudou de trajetória e operava em alta nesta
terça-feira (4), depois que o diretor de Política Monetária do Banco Central,
Aldo Mendes, afirmou que o Brasil terá que conviver com uma taxa de câmbio mais
fraca se este for o movimento do dólar no exterior, sugerindo que o BC pode
deixar a moeda norte-americana mais valorizada, destaca a Reuters. Perto das
14h20 (horário de Brasília), a moeda norte-americana avançava 0,85%, cotada a
R$ 2,1453 para a venda. Na segunda-feira, o dólar fechou em queda, após cinco
altas seguidas. A moeda dos Estados Unidos recuou 0,71%, para R$ 2,1272. Aldo,
que está em Londres participando de um evento, disse que a depreciação do real
está em linha com outras moedas e, por isso, "não há nada que podemos
fazer". Ele disse ainda que, enquanto o real estiver caminhando (em linha)
com todas as outras moedas num movimento global, trata-se de um cenário normal.
"Temos de conviver com isso", afirmou ele. O dólar avançou 7,04% ante
o real em maio, batendo R$ 2,15 no intradia na última sexta-feira, quando
registrou o maior nível de fechamento em quatro anos, apesar de o BC ter feito
um leilão de swap cambial tradicional e anunciado pesquisa de demanda para mais
um após o fechamento dos negócios. Embora o retorno da autoridade monetária
possa sinalizar um desconforto com o alto patamar do dólar - que pode causar
repasses à inflação -, analistas alertam que ainda é cedo para definir
novos limites de intervenção e que o objetivo primordial do BC é evitar volatilidade
excessiva no mercado. A valorização do dólar tem sido generalizada devido a
sinais de recuperação da economia norte-americana, que alimentam expectativas
de que o Federal Reserve, o banco central do país, comece a reduzir seu
programa de estímulo já em suas próximas reuniões.
Fonte: Globo.com
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