quarta-feira, 12 de junho de 2013


Bovespa despenca e atinge o menor nível desde agosto de agosto de 2011
 
 
 
O nervosismo externo contribuiu para empurrar o principal índice acionário da Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) para o menor patamar desde agosto de 2011 nesta terça-feira, diante de temores de que a era de abundantes estímulos monetários no mundo possa estar perto do fim. O Ibovespa caiu 3,01%, a 49.769 pontos, num pregão de giro financeiro de R$ 8,35 bilhões, acima da média diária de 2013, de cerca de R$ 7,7 bilhões."O índice está numa área complicada, caminhando para um suporte gráfico forte nos 48 mil pontos", disse o analista João Pedro Brugger, da Leme Investimentos, em Florianópolis.O mau humor externo contaminou os negócios na véspera dos vencimentos de opções sobre Ibovespa e do índice futuro, que devem trazer ainda mais instabilidade aos negócios. Investidores reagiram mal à decisão do banco central japonês de manter inalterada sua política monetária, frustrando expectativas de novas medidas de estímulo.Uma audiência na Alemanha sobre a legalidade do programa de compra de títulos do Banco Central Europeu, além dos crescentes temores de redução dos estímulos pelo Federal Reserve, BC dos Estados Unidos, também azedaram os mercados.Ainda assim, o tombo na Bovespa foi mais acentuado que o de Wall Street e das bolsas europeias, por conta das persistentes preocupações com a economia brasileira, segundo o sócio na Zenith Asset Management Guilherme Sand, em Porto Alegre. "O cenário negativo aqui está muito bem definido."Para Brugger, da Leme Investimentos, embora os fundamentos econômicos no Brasil não sugiram melhora de curto prazo para o mercado, o fraco desempenho do Ibovespa pode abrir espaço para alguma reação - no ano, o índice acumula queda de cerca de 18%, pior desempenho dentre os principais mercados acionários globais."A bolsa está muito barata em termos relativos, é uma das que mais cai no mundo. Por uma questão de preço, podemos ver uma reação", avaliou.A queda do Ibovespa foi praticamente generalizada nesta sessão, com a petrolífera OGX sendo a principal influência negativa, com queda superior a 9%. Na noite de segunda-feira, a companhia informou que o controlador Eike Batista vendeu 70,4 milhões de ações em maio, num total de R$ 121,82 milhões. Em email a clientes, analistas do JPMorgan avaliaram o evento como negativo, "com a venda refletindo uma possível necessidade de caixa pelo acionista controlador".

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