sexta-feira, 24 de maio de 2013

ESPORTE

O GRANDE DINO SANI COMPLETOU OITENTA E UM ANOS
 
DINO SANI

Com todo o respeito ao grande, Zito, que foi um craque, como centro médio, do Santos e da seleção brasileira, bicampeão mundial, em 1958, na Suécia e em 1962, no Chile, também, com muito respeito, ao Clodoaldo, da mesma posição, que também foi craque e que também foi do Santos e da seleção brasileira e ainda, foi campeão mundial com a seleção brasileira, em 1970, no México, com todo o respeito a outros grandes jogadores da posição, que jogaram aqui no Brasil, mas para mim, Dino Sani que fez ontem, dia 24 de maio, 81 (oitenta e um) anos, foi o maior centro médio que eu vi no Brasil. Centro médio, antigamente, corresponde ao que hoje chamamos de volante. Bem, volante, ou centro médio, como queiram, os que jogam hoje em dia, nesta posição, são com raras e honrosas exceções uns botinudos, que só servem para desarmar, isto quando conseguem e são raros, os volantes, hoje em dia, que sabem dar um passe de qualidade.  Os três acima eram bem diferentes, sabiam desarmar e sabiam com perfeição, passar uma bola, ou fazer um grande lançamento, assim como, outros grandes centros médios, daquela época e foram muitos. Porém, para mim, ninguém superou ao grande, Dino Sani. 
 DINO SANIN COM A CAMISA DA SEÇÃO BRASILEIRA

Dino Sani era o titular da seleção brasileira, na Copa do Mundo de 1958, na Suécia e o grande Zito era o seu reserva. Dino Sani jogou as duas primeiras partidas, daquela Copa do Mundo, Brasil 3X0 Áustria e Brasil 0X0 Inglaterra, o primeiro 0X0, na história das Copas do Mundo. Porém, Dino Sani se machucou neste segundo jogo e deu lugar ao Zito, que o substituiu à altura, até o final, da Copa do Mundo, de 1958, na Suécia. Em 1962, Dino Sani estava jogando no Milan da Itália, teve um convite para se naturalizar italiano, mas diferente de, Mazzola, o nosso José Altafini, que se naturalizou italiano e disputou a Copa do Mundo de 1962, no Chile, defendendo a Itália, Dino Sani, não quis se naturalizar italiano e como na época era caríssimo trazer um jogador que estivesse jogando fora do país, para disputar, uma Copa do Mundo, algo na época, praticamente impossível, Dino Sani, não pode ser convocado para a seleção brasileira, que foi bicampeã mundial, na Copa do Mundo, de 1962, no Chile. Dino Sani jogava com tanta classe e elegância que o chamavam de “Senhor Elegância”, elegância essa, que ele mantinha fora dos campos, sempre, se trajando magnificamente, coisa que faz até hoje, quando completa seus 80 (oitenta) anos. Quando foi convocado para a Copa do Mundo de 1958, na Suécia, Dino Sani era jogador do São Paulo Futebol Clube e em 1957, com aquele clube, tinha sido campeão paulista, o que lhe valeu a convocação, para a seleção brasileira, que disputou a Copa do Mundo, de 1958, na Suécia. 
 DINO SANI NO SÃO PAULO

Depois daquela Copa do Mundo, no ano de 1959, Dino Sani foi vendido pelo São Paulo Futebol Clube,  ao Clube Atlético Boca Juniors,  de Buenos Aires, capital da Argentina. O Boca Juniors, que diga-se de passagem é o clube mais popular e o clube de maior torcida na Argentina e tinha nesta época, diversos brasileiros no time. 
 DINO SANI NO BOCA JUNIORS
Além de Dino Sani, o Boca Juniors, tinha ainda na época, em seu time, os brasileiros; Paulo Valentim ex-Botafogo, do Rio de Janeiro; Almir, o famoso, "Almir o Pernambuquinho", ex Vasco da Gama, do Rio de Janeiro e no quarto zaqueiro, Orlando Peçanha, ex Vasco da Gama do Rio de Janeiro, e campeão mundial como titular da seleção brasileira,  em 1958, na Copa do Mundo da Suécia, junto com o próprio Dino Sani. 
 DINO SANI NO MILAN

Em 1961, foi para o Milan da Itália, onde em 1962, foi campeão italiano e ainda, com o Milan, foi campeão da Copa dos Campeões da Europa, na temporada 1962/1963, ao bater de virada no jogo final, realizado no Estádio de Wembley, em Londres, na Inglaterra, no dia,  22 Maio 1963, uma quarta feira ao poderoso Benfica, de Eusébio, por 2X1. Eusébio fez 1X0, para o Benfica, ainda, no primeiro tempo. Mas, no segundo tempo, com dois gols, do outro brasileiro do time, Mazzola, o José Altafini, o Milan virou o jogo e ganhou a partida, tornando-se campeão, de 1962/1963, da Copa dos Campeões da Europa. Em 1965, Dino Sani voltou para o Brasil, contratado pelo Sport Club Corinthians Paulista e em 1966, foi convocado na pré lista dos 45 (quarenta e cinco) jogadores, convocados pela comissão técnica, para treinamentos,para a Copa do Mundo,de 1966, na Inglaterra, destes, apenas 22(vinte e dois), na época e não 23 (vinte e três) como é hoje seriam inscritos Para aquela Copa do Mundo, os demais seriam cortados. Este 45 (quarenta e cinco) jogadores se concentraram aqui, em Teresópolis, no Hotel Pinheiros, em Quebra Frascos e treinavam no campo do Teresópolis, onde inclusive, em um domingo, realizaram 02 (dois) jogos treinos, um contra o América, onde Edu, irmão do Ziico que começava a aparecer, para o futebol, jogou. O outro jogo treino, o segundo da tarde, foi contra o Bangu, onde Cabralzinho, o mesmo,  Cabralzinho, que hoje é técnico, arrebentou, jogando pelo Bangu. Bem, quando não treinavam ali, treinavam na Granja Comary, em uma época em que havia um bom campo, mas, ainda não pertencia a CBF, como hoje pertence, nem sequer se imaginava, que isso iria acontecer, a CBF, comprar, uma grande parte da Granja Comary e lá montar o seu centro de treinamentos. Bem, voltemos ao Dino Sani. Eu era menino ainda, mas fui ver a maioria dos treinos, da seleção e o Dino Sani, sempre, mesmo já, um tanto quanto, veterano, para mim, era em todos os treinos e jogos treinos, o melhor volante, ou centro médio, como queiram e um dos melhores jogadores entre aqueles 45 (quarenta e cinco) pré convocados. Porém, a despeito do que eu achava, para minha grande surpresa, a comissão técnica, formada para a Copa do Mundo, de 1966, na Inglaterra, cortou o Dino Sani  e ele não foi relacionado, para ir aquela Copa do Mundo, no fundo, acho que até bom para ele, o grande, Dino Sani, pois, não passou a vergonha da participação, pífia do Brasil, naquela Copa do Mundo, quando o selecionado brasileiro,  não passou da primeira fase. Dino Sani é um paulista de nascimento, nascido em São Paulo, capital. 
 DINO SANI NO CORINTHIANS
Começou sua carreira, como jogador de futebol, profissional, no ano de 1951, no Palmeiras; depois foi para o XV de Jaú; a seguir para o Comercial, de São Paulo, capital; depois para o São Paulo; a seguir, para o Boca Juniors; depois foi para o Milan e voltou para o Brasil, em 1965, para jogar no Corinthians e por este clube, no ano de 1968, encerrou sua carreira como jogador. Encerrada a carreira de jogador, Dino Sani passou a ser técnico de futebol e como técnico, também fez sucesso e isso pode ser comprovado, ainda no início de sua carreira, como técnico, quando em 1970, recusou o convite para ser o técnico da seleção brasileira, substituindo João Saldanha, que havia saído do comando da seleção brasileira. Por ser muito amigo de João Saldanha, Dino Sani recusou a proposta, deixando o espaço livre, para  Zagallo, que foi o técnico, que então, foi tri-campeão mundial com o Brasil, na Copa do Mundo, de 1970, no México. Mas, Dino Sani seguiu a carreira, como técnico e como técnico, também, teve brilhantes conquistas. Entre outros clubes, dirigiu o Corinthians e o Flamengo, clubes das duas maiores torcidas do Brasil. Parabéns ao grande, Dino Sani, por sua vida exemplar, como jogador, de excelente qualidade e total lealdade, em campo; como grande, técnico, que ele foi; por toda a sua elegância, dentro e fora dos gramados; pela grande figura humana, que nele está muito bem representada e parabéns, pelos 81 (oitenta e um) anos de idade completados ontem. Parabéns,  grande “Senhor Elegância”! Parabéns, grande Dino Sani!

Pesquisa feita por Benigno Antonio Hermida Pinheiro Freire, com apoio e montagem de Yuri Barbosa dos Santos Hermida Pinheiro Freire

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