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Aécio diz estar “alerta” a setores do PT que querem atentar contra a democracia

 

Aécio Neves

Durante a festa em comemoração ao 1º de Maio, promovida pela Força Sindical na praça Campo de Bagatelle, na zona Norte de São Paulo, o senador mineiro Aécio Neves (PSDB) responsabilizou setores do PT pelos recentes desentendimentos envolvendo o governo federal, o Legislativo e o Judiciário. — Estamos alertas e atentos a uma movimentação que surge em setores do PT que atenta contra a própria democracia. O senador se referia à possível criação de uma instância revisora no Congresso, que tiraria a autonomia do STF (Supremo Tribunal Federal) em julgar as Ações Diretas de Inconstitucionalidade. A proposta aprovada na CCJ (Comissão de Constituição de Justiça) semana passada foi relata pelo petista Nazareno Fontelles. Aécio, provável candidato do PSDB à Presidência, também comentou sobre a PEC (Proposta de Emenda Constitucional) que impede que o Ministério Público realize investigações. Com isso, casos de parlamentares envolvidos em corrupção, por exemplo, não poderiam mais ser investigados pelo MP. No discurso feito a trabalhadores nesta segunda-feira, Aécio voltou a criticar o que chama de “polarização” entre PT e PSDB, que seria imposta pelo governo federal. — O discurso do PT, infelizmente, em determinados momentos, tem tido a virtude de dividir o Brasil entre nós e eles. É como se não concordar com determinadas posições do governo, contrariar interesses do governo pudesse ser caracterizado como uma atitude antipatriótica. Ao contrário. Divergir do governo é mais do que patriotismo, é responsabilidade. O senador também atacou o que chamou de leniência do PT quanto aos trabalhadores, dizendo que o partido não pode pensar na causa apenas às vésperas das eleições. Outro ponto levantado foi o comportamento coeso do partido em torno de suas ideias, e não de um projeto de País, segundo o político. — Toda vez que o PT precisou escolher entre o Brasil e o PT, o PT jamais faltou ao PT, essa é a grande verdade. Há algumas semanas, durante encontro com prefeitos paulistas na cidade de Santos, o senador disse que o que move o governo é a lógica da reeleição. Nesta quarta-feira (1º), ele reafirmou sua tese. — Infelizmente, o governo federal só pensa na eleição,  e os problemas para o trabalhador estão voltando. Ao ser questionado se este 1º de maio era uma mobilização ara a campanha política para 2014, Aécio negou. —  Não falo de campanha, é a mobilização da classe trabalhadora. É a demonstração de que existe uma interlocução nossa com a classe trabalhadora extremamente efetiva.

Fonte: R7