quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

Delegação do Corinthians desembarca em clima pesado e lamenta morte

Paulinho 
 
 
As últimas passagens do Corinthians por aeroportos foram bem mais festivas do que a observada na tarde desta quinta-feira, em Cumbica. Torcedores e jogadores voltaram em um clima obviamente pesado da Bolívia, onde morreu o torcedor Kevin Beltrán Espada, de 14 anos, atingido por um sinalizador durante o empate de seu San Jose com o Timão. Até as tietes dos atletas foram mais tímidas diante da situação. Nem o atacante Alexandre Pato arrancou os tradicionais gritos femininos, emudecidos pelo semblante fechado de todos, algo que ficou mais claro no técnico Tite, o que não chegou a causar surpresa. "É difícil até falar porque qualquer tipo de palavra não vai trazer a vida do menino de volta. Foi lamentável, uma tragédia. Nosso resultado foi até bom, mas como você vai pensar no resultado com uma tragédia dessas. Não tem nem palavras, é lamentar mesmo. A família precisa de apoio e força", afirmou o volante Paulinho. De acordo com os atletas, a notícia da morte só chegou após a partida. Renato Augusto, por exemplo, julgou que os objetos atirados pelos torcedores do San Jose nos jogadores do Corinthians que faziam seu aquecimento fossem apenas uma hostilidade normal de Copa Libertadores. "Não estava entendendo bem por quê. Achei que só estavam torcendo contra a gente, a favor do time deles. A gente ficou sabendo só depois, no vestiário. E é claro que foi muito triste, esse jogo vai ficar marcado na história de cada um. A gente chorou pela criança", disse o meia. Já os dirigentes mantiveram a linha adotada na própria Bolívia, na última quarta. O diretor adjunto de futebol do Corinthians, Duílio Monteiro Alves, e o gerente de futebol, Edu Gaspar, lamentaram o ocorrido e se colocaram à disposição da família do garoto. Segundo Edu, nenhum dirigente do San Jose procurou os cartolas do Timão ao término da partida. A delegação alvinegra permaneceu em Oruro algumas horas após o jogo e partiu para São Paulo em um voo no qual as dificuldades para se atuar em uma altitude superior a 3.700 metros não foram discutidas. "A gente conversou bastante sobre o que aconteceu para esclarecer alguns fatos e tentar ajudar a família da melhor maneira possível. Primeiro, você toma aquele susto. Meu filho está toda hora no jogo, o filho do Duílio também. É complicado", resumiu o gerente.

Fonte:  Portal Terra - Matéria de Marcos Guedes

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