Ahmadinejad chega ao Cairo para 1ª visita de presidente do Irã desde 1979
Mahmuod Ahmedinejad
Mahmuod Ahmedinejad desembarcou nesta terça-feira (5) no Cairo para uma reunião de cúpula dos países islâmicos, na primeira visita de um presidente iraniano em exercício ao Egito desde 1979, segundo a France Presse. Ahmedinajad foi recebido pelo presidente egípcio, o islamita Mohamed Morsi. "Vou tentar abrir o caminho para o desenvolvimento da cooperação entre
Irã e Egito", afirmou Ahmadinejad, citado pela agência oficial Irna,
antes de viajar para o Cairo, onde participará na reunião de cúpula da
Organização de Cooperação Islâmica (OCI). Num reflexo da aproximação atual entre os dois países, o presidente
egípcio, Mohamed Morsi, ligado à Irmandade Muçulmana, recebeu
Ahmadinejad com um beijo, no aeroporto do Cairo, segundo a Reuters. Os
líderes passaram por um tapete vermelho, enquanto um sorridente
Ahmadinejad cumprimentava autoridades presentes. Ahmadinejad foi ao Cairo para participar de uma cúpula islâmica que
começa na quarta-feira. Na terça-feira, o presidente da maior nação
xiita do mundo islâmico se reúne com o grão-xeique da mesquita de Al
Azhar, um dos mais tradicionais centros sunitas de aprendizado. Essa visita seria impensável durante o regime de Hosni Mubarak, um
ditador que tinha apoio dos militares e aproximou o Egito do Ocidente e
de Israel. "A geografia política da região vai mudar se Irã e Egito adotarem uma
posição unificada a respeito da questão palestina", disse Ahmadinejad em
entrevista à TV libanesa Al Mayadeen na véspera da viagem. Ele disse também que, se puder, pretende visitar a Faixa de Gaza,
território palestino que fica entre o Egito e Israel, e que é governado
pelo movimento islâmico Hamas. Apesar das demonstrações de apreço, analistas duvidam de um
restabelecimento pleno das relações diplomáticas entre Egito e Irã,
rompidas desde 1980 - ano seguinte à revolução islâmica iraniana e ao
tratado de paz egípcio com Israel. O Egito vê com preocupação o apoio do Irã ao presidente da Síria,
Bashar al Assad, que enfrenta uma rebelião armada. O governo de Mursi
também está interessado em preservar as boas relações com países árabes
do golfo Pérsico, que prestam assistência financeira ao Egito e veem o
Irã com grande desconfiança. Outra prioridade do Cairo é não irritar os
Estados Unidos, que oferecem uma ajuda financeira de 1,3 bilhão de
dólares por ano aos militares egípcios. Por outro lado, o governo de Morsi estabeleceu uma forte relação com o
Hamas, grupo que é apoiado pelo Irã e qualificado como terrorista por
vários governos ocidentais, devido à sua hostilidade contra Israel. Mursi já esteve em agosto no Irã para uma cúpula do Movimento dos Não-Alinhados.
Fonte: G1
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