Condenado no mensalão, José Dirceu entrega passaporte
José Dirceu
O ex-chefe da Casa Civil José Dirceu, condenado no julgamento do
processo do mensalão por corrupção ativa e formação de quadrilha,
entregou nesta sexta-feira (9), por meio da defesa, seu passaporte ao
Supremo Tribunal Federal (STF). O relator da ação penal, ministro Joaquim Barbosa, ordenou nesta quarta
(7) que os 25 réus condenados no processo entregassem os documentos
para evitar fugas para o exterior. A medida havia sido solicitada pelo
procurador-geral da República, Roberto Gurgel. Nesta quinta, em seu blog, Dirceu já dissera que iria entregar o passaporte, mas criticou a determinação de Joaquim Barbosa, classificada de "populismo jurídico" e "tentativa de intimidar" os réus. Pela decisão de Barbosa, os condenados terão de entregar os passaportes
à Suprema Corte em até 24 horas após a notificação judicial.
A decisão sobre a entrega dos documentos foi publicada na edição desta
sexta do "Diário Oficial da União" e o prazo começa a contar na próxima
segunda. Os réus têm até terça (13) para entregar o passaporte. (Observação: Anteriormente, o gabinete havia informadoque os réus seriam notificados individualmente na róxima semana. A informação foi retificada pela assessoria do Supremo). Outros quatro réus também já haviam entregado o documento: Marcos
Valério, apontado como operador do mensalão, o advogado Rogério
Tolentino, o ex-deputado Pedro Corrêa (PP-PE), e o ex-assessor
parlamentar João Cláudio Genú.
O relator do processo do mensalão, Joaquim Barbosa, encaminhou nesta
quinta (8) um ofício ao ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, que
chefia a Polícia Federal, no qual informa sobre a retenção dos
passaportes e lista os 25 condenados impedidos de sair do Brasil. Os nomes serão incluídos no sistema eletrônico da PF nos aeroportos
brasileiros para coibir viagens internacionais. Barbosa enfatiza que os
25 réus que não podem deixar o país, salvo se houver autorização
expressa do Supremo. Na decisão sobre a entrega dos passaportes, Barbosa diz a retenção dos
documentos é medida "imperativa, tendo em vista o estágio avançado das
deliberações condenatórias de mérito já tomadas nesta ação penal pelo
órgão máximo do poder Judiciário do país". Sem citar Queiroz e
Pizzolato, disse que alguns condenados não adotaram "comportamento"
compatível com a condição de réus. "Alguns dos acusados vêm adotando comportamento incompatível com a
condição de réus condenados e com o respeito que deveriam demonstrar
para com o órgão jurisdicional perante o qual respondem por acusações de
rara gravidade", afirmou o relator. Dirceu também criticou os argumentos do relator para decisão. "Os
argumentos cerceiam a liberdade de expressão e são uma tentativa de
constranger e censurar, como se os réus não pudessem se defender e,
mesmo condenados, continuarem a luta pela revisão de suas sentenças",
afirmou na nota.
Fonte: G1 - Brasília -
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