Eles nadaram lado a lado, como em tantos campeonatos nacionais que estão acostumados. Era uma eliminatória de Jogos Olímpicos, mas Cesar Cielo e Bruno Fratus fizeram parecer um Troféu Maria Lenk. Na última série dos 50m livre, não tomaram conhecimento dos adversários, se permitiram dar uma respiradinha e se classificaram com o segundo e terceiro tempos: Cielo com 21s80, Fratus com 21s82. O mais rápido foi George Bovell, de Trinidad e Tobago, que marcou 21s77. Nesta quinta-feira, eles voltam ao Centro Aquático para brigar por suas vagas na final, a partir das 15h32m (de Brasília). Bicampeão mundial da prova, Cielo tinha ainda as marcas de uma noite mal dormida. Demorou a pegar no sono depois da final dos 100m livre, na qual terminou em sexto lugar. Ainda assim, mostrou que está forte na intenção de conquistar o seu segundo título seguido nas Olimpíadas. - Foi uma nadada tranquila, fiz o suficiente para passar. Eu me concentrei para classificar, porque sabia que classificavam 16. Então, não fiz uma prova colocando toda a intensidade que gosto. Vamos ver se hoje à noite, colocando um pouquinho mais, sai uma prova melhor e uma vaga na final - disse. Fratus quer o mesmo. Minutos depois de ter deixado a piscina, o calouro olímpico ainda estava agitado, com a adrenalina alta. Já tinha nadado o 4x100m livre, mas contava os dias para os 50m. Não aguentava mais ficar em seu quarto sem ter o que fazer. Queria ir logo para a briga. - Finalmente chegou o dia. Eu adorei o tempo, me senti muito bem. Chegou ali por volta dos 30, 35m e vi que estava bem confortável e aí eu me dei a liberdade de dar uma respirada, de dar uma seguradinha para ficar mais sossegado para a tarde. Lá vai ser colocar o traje e ir nadar. Friozinho na barriga dá sempre, mas é o que dá a graça do negócio. Mas está supercontrolado, estou tranquilo e confio no trabalho que fiz e no suporte que tive. Agora vou dar uma olhada na prova com o biomecânico e ver o que posso melhorar. Sempre tem alguma coisa - afirmou. No ano passado, no Mundial de Xangai, Fratus aprendeu uma grande lição. Surpreendeu os adversários ao avançar com a melhor marca para a final, só que não aguentou a pressão. A medalha que ele tanto sonhava escapou e ele teve de se contentar com o quinto lugar. Desta vez, prometeu ao técnico que não deixaria a chance escapar. - A cabeça tranquila. A gente tem visto nessas Olimpíadas que favoristimo não leva ninguém a lugar nenhum. Então, estou procurando ficar bem relaxado, consciente e sóbrio. É o que pretendo. Aqui não dá para ficar de brincadeira, não. Tem que nadar rápido. E ter o Cielo do meu lado é ótimo, é a melhor referência sempre. Estou procupado com minha performance. Essa é uma prova muito rápida. Se olhar para a raia do lado você fica para trás.
Fonte: O Globo - Por Danielle Rocha Direto de Londres
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