TERESÓPOLIS UMA PREFERÊNCIA NACIONAL ENTRE OS FAMOSOS
MARECHAL HEINRIQUE TEIXEIRA LOTT
Durante muitos anos entre as décadas de 1950 (um mil novecentos e cinqüenta) e 1970 (um mil novecentos e setenta). O ex-candidato a Presidente do Brasil, o Marechal Henrique Teixeira Lott, tinha uma casa em Teresópolis, localizada na Rua Tenente Luiz Meireles, entre onde hoje se encontra a UPA e a Casa Espanhola, uma casa, branca, com um muro de pedras e portão de ferro verde e também, janelas e portas verdes diz, talvez, o Marechal Lott, assim, tenha pintado o portão, as janelas e portas em verde, em homenagem ao exército brasileiro, do qual e fazia parte tendo então, chegado a patente máxima, daquela que é uma das três forças armadas brasileiras, que tem o verde como sua cor. As outras duas forças armadas brasileiras são a marinha, que tem a sua cor em branco e a aeronáutica, que tem a sua cor em azul. Para situarmos ainda melhor, onde era a casa do Marechal Lott, aqui em Teresópolis, ela fica bem acima da lombada existente, entre a Upa e a Casa Espanhola, à direita, de quem segue no sentido Várzea - Bom Retiro, a casa que pertenceu ao Marechal Lott, ainda continua intacta. Ali naquela casa, o Marechal Lott e a sua família passavam grande parte do ano, desfrutando do clima ameno de Teresópolis. De suas filhas, então ainda muito jovens, pelo que eu sei uma delas pelo menos, até a bem pouco tempo, tinha uma casa, em Teresópolis, situada, na Granja Comary, no final, daquele grande e famoso, bairro de Teresópolis, já junto à estrada Rio Teresópolis, entre o Parque Nacional da Serra dos Órgãos e o Soberbo. Bem, mais voltemos à figura do Marechal Henrique Teixeira Lott. Era comum ver este honrado homem do exército brasileiro, que à época, era Ministro da Guerra, da Presidência da República, no governo de Juscelino Kubitschek de Oliveira.
MARECHAL LOTT EM TRAJE CIVIL
Era comum, ver o Marechal Henrique Teixeira Lott, passeando ou fazendo compras no comércio de Teresópolis, com sua família. Para os católicos, que frequentavam, as missas de das 10 (dez) horas, dos domingos, na Igreja Matriz de Santa Teresa, era comum, encontrarem o Marechal Lott, que sendo, assim como toda a sua família, um católico praticante, o Marechal Lott, geralmente comungava, nestas missas dominicais, na Igreja Matriz de Santa Teresa. O Marechal Henrique Teixeira Lott, na foto abaixo, que pelo nome completo, que recebeu na pia batismal, chamava-se, Henrique Batista Duffles Teixeira Lott nasceu em 16 de novembro de 1894, no município de Antônio Carlos, no estado de Minas Gerais e faleceu em 19 de maio de 1984, com 89 (oitenta e nove), anos de idade, na cidade do Rio de Janeiro.
MARECHAL LOTT EM UM MOMENTO DE COMPLETA DESCONTRAÇÃO
Em abril de 1960 foi lançado candidato a Presidência da República, pela coligação dos partidos PTB - Partido Trabalhista Brasileiro e PSD - Partido Democrático Brasileiro, com o apoio incondicional, do então Presidente da República, Juscelino Kubitschek de Oliveira, tendo como candidato a Vice Presidente da República em sua chapa, João Belchior Marques Goulart, João Goulart, o “Jango” e logo ele o Marechal Henrique Teixeira Lott, passou a ser o grande favorito naquela corrida presidencial e tinha como adversários, Janio da Silva Quadros, o Jânio Quadros, que havia sido Governador do Estado São Paulo e depois, havia sido eleito, Deputado Federal pelo Paraná, mas não assumiu o cargo, para se preparar melhor a sua candidatura a Presidência da República, lançado pela UDN – União Democrática Nacional e Ademar de Barros, que então, era prefeito da cidade de São Paulo, capital do Estado de São Paulo e se licenciou do cargo, para concorrer a Presidência da República pelo PSP - Partido Social Progressista. Porém, pouco a pouco, o Marechal Henrique Teixeira Lott, foi perdendo espaço para o candidato da UDN - União Democrática Nacional, Jânio da Silva Quadros.
MARECHAL LOTT MAIS ABAIXO COM O CANDIDATO A VICE PRESIDENTE DA REPÚBLICA DE SUA JOÃO GOULART, O "JANGO" MAIS ACIMA SUBINDO AS ESCADA DE UM AVIÃO
Muitos dizem, até hoje, que o Marechal Henrique Teixeira Lott, na corrida presidencial foi sendo traído, por diversos, pseudos, companheiros da sua candidatura, que por trás dos holofotes, nos bastidores, corruptos da política brasileira, o traiam, fazendo às escondidas, uma campanha em prol de seu maior adversário, nas eleições, daquele, distante, de ano de 1960 (um mil novecentos e sessenta), o candidato da UDN – União Democrática Nacional, o candidato Jânio da Silva Quadros. Muitos, até hoje, dizem, que Governadores, Deputados Federais, Deputados Estaduais, Senadores, Prefeitos, Vereadores e, até mesmo, altas figuras da coligação do 02 (dois) partidos, que o apoiavam, além, até mesmo de figuras do mais alto “staf” do Governo do Presidente Juscelino Kubitschek de Oliveira, que o apoiava, o traiam e assim, pouco a pouco, perdendo espaço político, na corrida das eleições presidenciais, daquele ano, o Marechal Henrique Teixeira Lott, acabou, perdendo as eleições para o candidato da UDN – União Democrática Nacional, Jânio Quadros, ficando ele, o Marechal Henrique Teixeira Lott, em segundo lugar, com Ademar de Barros, amargando a terceira e última colocação nas eleições para Presidente da República do Brasil, naquele ano.
MARECHAL LOTT ENTÃO AINDA MINISTRO DA GUERRA COM A FARDA MILITAR CODECORADA EM COMPANHIA DO ENTÃO PRESIDENTE DO BRASIL JUSCELINO KUBITSCHEK DE TERNO NO CARRO OFICIAL DA PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA ABERTO E SEM A CAPOTA EM UMA FESTIVIDADE NACIONAL
Coisa impensável, quando do lançamento da candidatura do Marechal Henrique Teixeira Lott, pela coligação PTB – Partido Trabalhista Brasileiro e PSD – Partido Social Democrático, em abril daquele ano de 1960, quando em tal lançamento já se dava como certa a vitória o Marechal Henrique Teixeira Lott, sobre, seus dois outros oponentes e por uma larga margem de votos. Mas no fim o que se viu foi exatamente o oposto, com a vitória, nas urnas esmagadora de Jânio Quadros da UDN – União Democrática Nacional, por uma larga margem de votos. Possivelmente a derrota do Marechal Henrique Teixeira Lott, tenha se dado mesmo, pelas traições sofridas em sua campanha e candidatura a Presidente da República do Brasil.
MARECHAL LOTT EM UM COMÍCIO EM SEU CAMPANHA ELEITORAL PARA PRESIDENTE DO BRASIL
Mesmo após a sua derrota presidencial, o Marechal Henrique Teixeira Lott, continuou, freqüentando, a maior parte de cada ano, em Teresópolis e não mudou seus costumes, continuando a ser amável, com todos aqueles que o procuravam, continuou a freqüentar o comércio de Teresópolis e continuou a freqüentar, as missas de domingo ás 10 (dez) horas,na Igreja Matriz de Santa Teresa, na Várzea e evidentemente, sem perder o seu costume de continuar a comungar, em quase todas às missas dominicais. A casa onde o Marechal Henrique Teixeira Lott morou em Teresópolis, ainda continua de pé. Evidentemente a casa apesar de ainda estar intacta, não pertence mais a família do Marechal Henrique Teixeira Lott. Porém, continua lá, como um símbolo, que abrigou durante muito tempo, aqui em Teresópolis, um grande homem, um grande patriota e sua honesta família. Uma das filhas, do Marechal Henrique Teixeira Lott, Edna Lott, mais tarde, se lançou na política e foi eleita algumas vezes, Deputada Federal, infelizmente, Edna Lott, foi assassinada, ainda quando o Marechal Henrique Teixeira Lott, era vivo. Edna Lott foi assassinada no ano de 1971, por seu próprio motorista, o que foi um golpe devastador para o Marechal Henrique Teixeira Lott e toda a sua família. Além disso, o Marechal Henrique Teixeira Lott, também, teve um de seus netos capturado e torturado, durante o Regime Militar, que se instaurou, no ano de 1964, no Brasil. Quando o Marechal Lott, faleceu as Forças Armadas Brasileira lhe prestaram pouquíssimas homenagens, principalmente o Exército Brasileiro. O Marechal Lott foi sepultado sem qualquer honra militar o que é inexplicável. Porém dois homens de grande valos ressaltaram suas virtudes, o então,ainda vivo, o grande advogado, e seu grande amigo, o jurista Sobral Pinto que disse: “Se tivesse, o Marechal Henrique Batista Duffles Teixeira Lott ido para a presidência do Brasil, teria instaurado um governo de legabilidade e de respeito à pessoa humana, e uma vinculação com partidos políticos, porque era um democrata sincero, inteligente e honrado. Com Lott na presidência, não teríamos ditadura militar durante vinte anos, não teríamos a falência nacional. Nada disso teria acontecido”. O outro a prestar-lha homenagem foi o então Governador do Rio de Janeiro, Leonel de Moura Brizolla, que decretou luto oficial de três dias, em todo o Estado do Rio de Janeiro e disse, que quando ele, Leonel Brizolla, voltou do exílio, a primeira pessoa, que visitou foi o Marechal Henrique Batista Duffles Teixeira Lott, que era um grande amigo seu. Apenas, aproximadamente, trezentas pessoas compareceram ao sepultamento, do Marechal Henrique Batista Duffles Teixeira Lott, o que a de se convir, muito pouca gente para o sepultamento de um dos brasileiros, mais ilustres na história do Brasil. Bons tempos aquele em que eu ainda era menino em Teresópolis, e muitas vezes, encontrei, com a figura amável do Marechal Henrique Batista Duffles Teixeira Lott e toda a sua família, passeando pelas ruas,praças e parques de nossa querida cidade ou fazendo compras no comércio de Teresópolis e como minha família era católica, eu freqüentava também as missas das 10 (dez) horas dos domingos na Igreja Matriz de Santa Teresa e sempre via a figura impoluta do grande Marechal Lott e muitas e muitas vezes eu o testemunhei comungando, nessas missas dominicais.
Pesquisa feita por Benigno Antonio Hermida Pinheiro Freire, com apoio e montagem de Yuri Barbosa dos Santos Hermida Pinheiro Freire