terça-feira, 26 de junho de 2012


TESTEMUNHAS LIGADAS A PERILLO FICAM CALADAS NA CPI DO CACHOEIRA

 
CARLINHOS CACHOEIRA
 
Como já é costume na CPI do Cachoeira, os convocados para depor nesta terça-feira (26) usaram o direito constitucional de permanecerem calados e não responderam as perguntas dos parlamentares. Dois dos três convocados ficaram calados. O primeiro chamado a depor foi o ex-assessor do governador de Goiás Marconi Perillo (PSDB), Lúcio Fiúza Gouthier. Fiúza presenciou a venda da casa do tucano para o empresário Walter Paulo Santiago, em julho do ano passado. Ele trabalha com Perillo desde o início da carreira dele na política e conseguiu um habeas corpus no STF (Supremo Tribunal Federal) para não explicar o que sabe da venda da casa. Em seu depoimento na CPI, no dia 12 de junho, o governador goiano disse que não houve problemas na venda da casa e tudo foi feito dentro da lei. Perillo disse que anunciou a casa em classificado no jornal, foi procurado pelo ex-verador Wladimir Garcez e fechou o negócio com ele por R$ 1,4 milhão. Segundo o governador, ele recebeu em três cheques prédatados e todos foram compensados em sua conta pessoal. Depois, no momento de passar a escritura para o ex-vereador, Wladimir avisou que o negócio teria sido refeito e que o empresário Walter Paulo Santiago ia comprar a casa dele. No momento, o representante do governador, Lúcio Fiuza, acompanhou o ex-vereador até a casa de Walter Paulo e assinou um recibo do pagamento em dinheiro do empresário para o ex-vereador. Dessa forma, o novo comprador pagou para Wladimir e recebeu a escritura da casa. Fiúza não quis confirmar o que o governador disse. Assim como ele, o segundo convocado, Écio Antônio Ribeiro, um dos sócios da empresa Mestra Administração e Participações, em nome da qual a casa foi registrada num cartório em Trindade (GO), também ficou calado. Como o ex-assessor, ele conseguiu um habeas corpus no STF. O arquiteto Alexandre Milhomen foi o único que falou na CPI. Ele trabalhou na reforma da casa no condomínio Alphaville Ipês, em Goiânia, que era do governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB) e onde foi preso o bicheiro Carlinhos Cachoeira, em fevereiro deste ano. Milhomen disse que foi contratado pela mulher do contraventor e não sabia que a casa tinha sido do governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB). – Eu fui contratado para fazer uma casa que seria comprada pela Andressa, em fevereiro. No entanto ela desistiu de comprar a casa e depois fui contratado para fazer a segunda casa, no Ipês. A casa não era dela, parece que alguém emprestou por um período específico. Eu montei a casa em julho. O arquiteto disse que não conhece o governador e nunca soube que a casa era dele. Afirmou ainda que não fez reforma na casa, apenas a decoração do interior, como instalação de papel parede, cortinas, persianas, mobiliário. Milhomen disse que não sabia que o Carlos, apresentado como marido de Andressa, era o bicheiro Carlinhos Cachoeira. Todo o trabalho custou R$ 50 mil, pago em cinco parcelas. – Eu conheci primeiro a Andressa e depois fui apresentado o Carlos. Eu trabalho para eles desde fevereiro. Eles estavam procurando uma casa. Eu sabia que ele era empresário e pelo porte da casa [que eu decorei] vi que ele tinha condições de fazer uma "casa interessante" . De acordo com os depoimentos de Walter Paulo e do ex-vereador Wladimir Garcez, a casa foi emprestada para Andressa por 45 dias em julho. No entanto, ela e o marido só deixaram o imóvel em 29 de fevereiro, quando o contraventor foi preso. Milhomen disse ainda que acredita que toda a reforma tenha custado cerca de R$ 500 mil porque a cliente "tem um bom gosto excessivo e gosta de tudo do melhor".

Fonte: Portal R7  - Matéria de  Marina Marquez - Brasília

Nenhum comentário:

Postar um comentário

acesse o link abaixo para maiores informações
http://assurb116teresopolis.blogspot.com/