sábado, 12 de maio de 2012


ESPORTE

ONZE ANOS SEM O CRAQUE DIDI O MESTRE DA FOLHA SECA E BICAMPEÃO MUNDIAL DE FUTEBOL PELA SELEÇÃO DO BRASIL SUA VIDA POLÊMICA E SUA RICA HISTÓRIA DENTRO E FORA DAS QUATRO LINHAS ONDE AS IRONIAS SE MISTURAVAM A UMA SÉRIE DE CURIOSIDADES INCRÍVEIS
DIDI COM O UNIFORME DA SELEÇÃO BRASILEIRA DE FUTEBOL

Ontem fez 11 (onze) anos, que o Brasil perdia um de seus maiores jogadores de futebol, de todos os tempos.  Morria na manhã, do dia 11 de maio de 2001, por volta das 08 (oito) horas, aos 72 (setenta e dois) anos, de idade, o craque, Didi. Didi foi um dos maiores jogadores de futebol, não só do Brasil, mas também do mundo, em todos os tempos. Valdir Pereira era o nome de registro de Didi, o "Mestre da Folha Seca", um tipo de cobrança de falta, que ele inventou e batia com perfeição, onde, depois de chutada, a bola tomava um efeito e caia rapidamente, enganando o goleiro e transformando-se em gol. Foi numa cobrança assim, feita por Didi, contra o Peru, no Maracanã, no jogo decisivo e eliminatório, para a Copa do Mundo de 1958, na Suécia, que o Brasil venceu do Peru por 1X0, classificando-se para o evento e eliminando os peruanos. Até hoje, mesmo com uma bola totalmente diferente e por sinal muito mais leve e, sendo assim muito mais fácil de realizar a "Folha Seca", são raríssimos, os jogadores de futebol, espalhados por todo o mundo, que conseguem executar este tipo de cobrança de falta. Didi foi bicampeão mundial de futebol, pelo Brasil, em 1958, na Suécia e em 1962, no Chile. Para os cronistas especializados em futebol, da época, Didi, foi considerado o melhor, jogador da Copa do Mundo, de 1958, na Suécia. 

 
EM PÉ, DA ESQUERDA PARA A DIREITA; DJALMA SANTOS; ZITO; BELLINE, O CAPITÃO, DA SELEÇÃO BRASILEIRA; NILTON SANTOS; ORLANDO E GILMAR, EM PÉ. AGACHADOS, DA ESQUERDA PARA A DIREITA, GARRINCHA; DIDI, O "MESTRE DA FOLHA SECA";  PELÉ; VAVÁ; ZAGALLO E O MASSAGISTA, MÁRIO AMÉRICO. POUSANDO PARA A FOTO, COM O UNIFORME AZUL, COM O QUAL O BRASIL CONQUISTOU SEU PRIMEIRO TÍTULO DE CAMPEÃO MUNDIAL, POUCO ANTES DA DECISÃO DA COPA DO MUNDO DE 1958, NA SUÉCIA. NO FINAL DO JOGO BRASIL 5x2 SUÉCIA. UMA GRANDE FOTO HISTÓRICA. 

Os cronistas esportivos de todo o mundo, presentes ao evento, se referiram a ele, ao fim da Copa do Mundo, de 1958, na Suécia, como "Termômetro da Seleção do Brasil", naquela Copa do Mundo, Didi, marcou um gol, o segundo, do Brasil, de fora dá área, com um violento arremate, em jogo que valia a semifinal da Copa do Mundo, quando o Brasil venceu por 5X2 da França, quando decorriam 39 (trinta e nove) minutos, ainda, do primeiro tempo. Até ali, a partida estava empatada em 1X1. Vavá abrira o marcador para o Brasil, porém, Just Fontaine, havia minutos depois, empatado o jogo para a França. Com o gol de Didi, o Brasil terminou o primeiro tempo vencendo por 2x1, o jogo. Na fase complementar o Brasil deslanchou, dando uma verdadeira aula de futebol, com Garrincha desconcertando seus marcadores e Didi pontificando no meio de campo, coube a Pelé fazer mais 03 (três) gols. 

 

 
O CRAQUE BRASILEIRO DIDI E O CRAQUE FRANCÊS RAYMOND KOPA, DOIS EXPOENTES JOGADORES, DA COPA DO MUNDO, DE 1958, NA SUÉCIA, SE ABRAÇAM E SE CUMPRIMENTAM, POUCO ANTES DA PARTIDA VÁLIDA PELA SEMIFINAL, QUANDO O BRASIL VENCEU POR 5x2, DA FRANÇA

Nos minutos finais, Piantoni, descontou para a seleção da França. Na decisão contra a Suécia, o Brasil repetiu os 5X2 que havia feito contra a França, com uma exibição de gala, principalmente de Pelé, Garricha e dele, Didi. Didi nasceu em Campos, cidade do interior do Estado do Rio de Janeiro, no dia 08 de outubro de 1928 e foi em sua cidade natal, que ele começou sua carreira como jogador de futebol profissional. Depois de atuar como amador, por São Cristovão, Industrial, Rio Branco, Goytacaz e Americano, ele assinou seu primeiro contrato, com o próprio Americano, clube de sua cidade natal, Campos. Depois, foi para o Lençoense, clube profissional, da cidade de Lençóis Paulistas, em São Paulo. A seguir, Didi foi negociado com o Madureira, da cidade do Rio de Janeiro. Em 1949, foi negociado pelo Madureira, com o Fluminense, onde Didi começou a ganhar notoriedade e ficar famoso. Didi foi ídolo do Fluminense, onde atuou vários anos, até 1956, quando então, o Fluminense o negociou com o Botafogo. 

 
GARRINCHA E DIDI CAMPEÕES NOS ANOS DE 1957, 1961 E 1962, PELO BOTAFOGO. JUNTOS, ELES TAMBÉM FORAM BICAMPEÕES MUNDIAIS, COM A SELEÇÃO BRASILEIRA

No alvinegro carioca, o Botafogo, Didi ficou até 1959, onde conquistou o título de campeão carioca de futebol, de 1957, ao derrotar na final, por 6X1, no jogo decisivo, daquele campeonato, o seu antigo clube, o Fluminense. Didi era um jogador, polêmico em sua época, embora dentro do campo fosse um jogador disciplinado e leal, fora das quatros linhas, sua vida ganhava um contorno especial e era um tanto, quanto polêmica. O principal motivo era que Didi, um homem negro, havia se casado com uma mulher branca, Dona Guiomar, o que fazia com que os racistas e preconceituosos da época, em número incomensuravelmente maior do que são eles hoje, o criticassem quase que abertamente, sempre. Os racistas e preconceituosos, da época, sempre torciam o nariz ao ver um negro, casado com uma branca, principalmente, se este relacionamento fosse envolvendo uma pessoa pública e famosa, como era o caso de Didi. Na época, quase toda a sociedade brasileira, era ultraconservadora e também não via com bons olhos o relacionamento, embora legal e amparado pela lei, da união do negro, Didi com a branca, Guiomar. 

 DIDI E SUA ESPOSA DONA GUIOMAR, JUNTOS E ABRAÇADOS, COMEMORANDO MAIS UMA CONQUISTA DO BOTAFOGO

Apesar de tudo isso, Didi viveu toda a sua vida, com seu grande amor, Guiomar. Em 1959, já com o seu primeiro título de campeão mundial, de futebol, conquistado em 1958, na Suécia, ele foi negociado pelo Botafogo, com o Real Madrid, da Espanha. Porém, jogou por pouco tempo, no Real Madrid e já em 1960, Didi voltava ao alvinegro do Rio de Janeiro, o Botafogo de Futebol e Regatas. Na época, se disse que Didi, sofrera pressões no clube espanhol, por parte do craque, argentino, naturalizado, espanhol, Alfredo Di Stefano, que enciumado, não estava gostando de dividir, com mais um, o título de maior ídolo do clube, o título de estrela do Clube Merengue, coisa que ele já fazia, dividindo esta condição, com o húngaro, também naturalizado, espanhol, Ferenc Puskás.  Porém, mais tarde, soube-se que na verdade, Di Stefano, nunca perseguiu Didi, no Real Madrid, que na realidade, o rápido retorno de Didi para as terras do Brasil, teria sido a sua não adaptação ao frio europeu e em especial, ao frio na Espanha. Didi voltou para o Botafogo e voltou para conquistar mais títulos, inclusive o bicampeonato carioca de 1961/1962, pelo alvinegro, clube que ele havia deixado, quando foi para o Real Madrid. Didi conquistou alguns títulos, também, pelo Fluminense, inclusive, foi quando pertencia ao tricolor, que Didi, marcou o primeiro gol do Maracanã. 

 
DIDI NO SEU TEMPO COMO JOGADOR DO FLUMINENSE NA FOTO JUNTO COM SEUS COMPANHEIROS DA ÉPOCA

Na inauguração, do então, maior estádio de futebol do mundo. Didi fez o primeiro gol, do famoso estádio, em um jogo amistoso e festivo, marcado para a inauguração do Maracanã, entre as seleções carioca e paulista. Apesar do gol de Didi, os paulistas viraram o jogo e venceram por 3x1 dos cariocas. Porém, foi no Botafogo, num ataque espetacular, formado por Garrincha, Didi, Quarentinha, Amarildo e Zagallo, que tinha ainda, como grandes craques, outros jogadores espetaculares, como o zagueiro Cacá, o grande goleiro, Manga e o sensacional e genial homem da lateral esquerda, Nilton Santos, apelidado de “A Enciclopédia do Futebol”, pelo espetacular futebol que apresentava, que Didi conquistou suas maiores glórias, como jogador de clube. 

 
NA FOTO, O FABULOSO ATAQUE, BICAMPEÃO CARIOCA NOS ANOS DE 1961/1962, PELO BOTAFOGO, FORMADO, NA ORDEM DA FOTOGRAFIA, POR GARRINCHA, DIDI, AMARILDO, QUARENTINHA E ZAGALLO

Em 1962, Didi conquistou o bicampeonato mundial de futebol, junto com a seleção brasileira, na Copa do Mundo do Chile. Nesta Copa do Mundo, Didi não fez gols, mas, assim como na Copa da Suécia, atuou em todos os jogos do Brasil, na competição e novamente, jogou de forma espetacular e foi considerado um dos jogadores mais importantes, também nesta conquista, um cerebral meia direita, como diziam os cronistas esportivos da época e muitos afirmaram e até hoje afirmam, que foi justamente contra a Espanha, que Didi, fez seu melhor jogo, na Copa do Mundo de 1962, no Chile. A Espanha tinha convocado tanto Alfredo Di Stefano, o argentino, naturalizado espanhol, que não chegou a atuar em nenhum jogo, da competição, pois estava machucado e não se recuperou, quanto Ferenc Puskás, o húngaro, que também era naturalizado, espanhol. Se Alfredo Di Stefano, o argentino naturalizado espanhol, não estava em campo para defender a Espanha, naquela partida, contra o Brasil, Ferenc Puskás, o húngaro, naturalizado espanhol, defendeu a “Fúria”, naquele jogo, que a seleção brasileira de futebol venceu 2X1, apesar da partida ter sido conduzida por uma arbitragem muito polêmica, que visivelmente, favoreceu a seleção brasileira. Na época, muitos disseram que Didi, finalmente, havia alcançado a sua vingança, contra a Espanha, contra os espanhóis, contra, Alfredo Di Stefano e contra Ferenc Púskas. 

 
 NA FOTO QUATRO GRANDES CRAQUES, DA SELEÇÃO BRASILEIRA, NO MARACANÃ, POUCO ANTES DE UM JOGO AMISTOSO E PREPARATÓRIO PARA A COPA DO MUNDO DE 1958, NA SUÉCIA. DA ESQUERDA, PARA A DIREITA, DIDI, VAVÁ, DIDA E ZAGALLO

Naquela época, o Botafogo e o Santos eram os dois clubes, que mais forneciam jogadores à seleção brasileira de futebol. No ano seguinte, em 1963, Didi saiu do Botafogo e foi para o Sporting Cristal, de Lima, no Peru e lá também foi ídolo da torcida do Cristal, apesar do pouco tempo que por lá ficou, já que, em 1964, Didi retornou ao Botafogo, sendo no mesmo ano, cedido ao São Paulo, onde atuou por pouco tempo, retornando ainda naquele mesmo ano ao Botafogo, onde ficou até 1965, quando então foi vendido ao Clube Vera Cruz, do México, onde atuou nas temporadas de 1965 e 1966, onde também foi ídolo da torcida do Vera Cruz. Didi já pensava em encerrar a carreira, porém, um convite do São Paulo, fez com que Didi retornasse ao Brasil, para atuar mais uma vez pelo clube paulista, Didi tinha então 38 (trinta e oito) anos. 

DIDI JÁ EM FIM DE CARREIRA, NO TIME DO  SÃO PAULO, O SEU ÚLTIMO CLUBE COMO ATLETA PROFISSIONAL

 No final daquele ano, Didi por fim, encerrou sua carreira como jogador de futebol profissional. Curiosamente, Lacy, o filho mais velho de Didi, assinou seu primeiro contrato, como jogador de futebol profissional, pelo Clube Atlético Mineiro e chegou a atuar em alguns jogos., válidos pelo campeonato mineiro, defendendo o Atlético, quando seu pai Didi, embora em final de carreira, ainda estivesse jogando, pelo São Paulo, assim, podemos dizer que embora nem de longe Lacy tenha alcançado o sucesso e a genialidade do pai, foram eles Didi e Lacy, pai e filho, contemporâneos, como jogadores de futebol profissional, uma coisa raríssima, tanto naquela época, como hoje em dia. Se eu não estiver errado, a última vez que um caso como esse aconteceu, foi a cerca de 10 (dez) anos, quando um pai e um filho, atuaram juntos pela seleção da Islândia. Quando encerrou sua carreira, como jogador de futebol profissional, Didi passou a ser técnico de futebol e também, fez sucesso nesta função, tendo inclusive classificado o Peru, para a Copa do Mundo de 1970, no México, por ironia, o mesmo Peru que o Brasil havia eliminado da Copa do Mundo de 1958, na Suécia, graças ao famoso gol de folha seca, feito por Didi, em cobrança de falta, na vitória dos brasileiros sobre os peruanos, por 1X0, no Maracanã. Para mostrar a importância de Didi, no comando da seleção peruana, há de se ressaltar alguns fatos importantes, em mais esta conquista do grande “Mestre Didi”.  Primeiro, o Peru até 1970, só havia disputado a primeira Copa do Mundo, a de 1930, no Uruguai e havia sido convidado, assim como todos os outros participantes, daquela Copa do Mundo, já que não houve eliminatórias, todas as seleções participantes tinham sido convidadas. As eliminatórias, só passaram a vigorar, para a Copa do Mundo, de 1934, na Itália. Assim sendo, Didi era o primeiro técnico, a classificar, em campo, a seleção peruana, para uma Copa do Mundo, eliminando nada mais, nada menos, que a Argentina! 

 
DIDI, TÉCNICO DA SELEÇÃO DO PERU, NA COPA DO MUNDO, DE 1970, NO MÉXICO

Porém, as façanhas de Didi, como técnico, não iriam parar por aí. Como já dissemos, a seleção peruana esteve presente na Copa do Mundo de 1930, no Uruguai, mas, nos dois jogos que fez naquela distante Copa do Mundo, foi derrotado em ambos, 3X1 para a Romênia e 1X0 para o Uruguai, o anfitrião do evento, que viria a se tornar o primeiro campeão do mundial de futebol, naquela Copa do Mundo. No México, já dentro da competição, Didi continuava no comando da seleção peruana, como seu técnico. E já no primeiro jogo, válido pelo grupo IV, sediado na cidade mexicana de Léon, o Peru conquistou sua primeira vitória, em Copas do Mundo, ao derrotar de virada por 3x2, a seleção da Bulgária. Além de Peru e Bulgária, mais duas seleções, completavam o grupo IV, que daria as duas primeiras colocadas, o direito de continuar na Copa do Mundo de 1970, no México, passando para as quartas de final. E elas eram a poderosa Alemanha Ocidental e a seleção de Marrocos, estreante em Copas do Mundo. No segundo jogo, mais façanhas de Didi, pois, além de conquistar com a sua equipe, a segunda vitória de uma seleção do Peru, em Copas do Mundo, ao derrotar a seleção de Marrocos, por 3X0, ainda de quebra, conquistou por antecipação, à classificação para as quartas de final, daquela Copa do Mundo. Agora, só faltava o jogo contra, a poderosa, Alemanha Ocidental, para que fosse definido quem seria o adversário do Peru, nas quartas de final. Neste jogo, a Alemanha Ocidental derrotou o Peru por 3X1, classificando-se como a primeira do grupo IV e iria enfrentar nas quartas de final, a Inglaterra, a então, campeã do mundo, enquanto que o Peru e Didi, em mais uma ironia, das tantas ironias e curiosidades que a vida lhe reservará, Didi, como técnico da seleção peruana, iria enfrentar justamente a seleção brasileira, com quem, como jogador Didi, havia sido bicampeão mundial de futebol, como titular absoluto. O Brasil era então, comandado pelo técnico Zagallo, mais uma incrível curiosidade, na vida de Didi, pois, Zagallo havia sido seu companheiro, como jogador de futebol, em todas as mais importantes conquistas de Didi, como jogador. 

 
 QUATRO GRANDES CRAQUES, BICAMPEÕES, TANTO PELO BOTAFOGO, QUANTO PELO SELEÇÃO BRASILEIRA. DA ESQUERDA, PARA A DIREITA, NILTON SANTOS, GARRINCHA, DIDI E ZAGALLO 

Tanto como jogadores do Botafogo, como jogadores da seleção brasileira, juntos, Didi e Zagallo, haviam conquistados os seus títulos mais importantes, como jogadores de futebol profissional. Títulos como o bicampeonato carioca de 1961/1962, pelo Botafogo e o torneio Rio São Paulo de 1962, também pelo Botafogo. Juntos haviam sido Campeões do Mundo, nas duas únicas Copas do Mundo, até ali, conquistadas pelo Brasil. A Copa do Mundo de 1958, na Suécia e a Copa do Mundo, de 1962, no Chile e os dois haviam jogado todas as partidas da seleção brasileira daquelas duas Copas do Mundo. Portanto, Além deles, Didi e Zagallo, só mais dois jogadores, bicampeões mundiais, pela seleção brasileira, haviam também jogado todas as partidas, em ambas as conquista, o grande goleiro, Gilmar e o espetacular e incomparável Nilton Santos. Curiosamente, assim como Didi, Zagallo também tinha marcado um gol, da Copa do Mundo de 1958, só que contra a Suécia, na final e Zagallo, também havia um gol na Copa do Mundo de 1962, no Chile, quando Didi naquela Copa do Mundo, não teve a mesma sorte e ficou sem marcar o seu “golzinho”! Agora, na Copa do Mundo de 1970, no México, um dos dois, ou Didi ou Zagallo, poderia se tornar o primeiro homem a ser tri-campeão mundial de futebol e também, ser o primeiro homem a ser duas vezes campeão mundial de futebol como jogador e uma vez como técnico. Quem vencesse aquela partida poderia credenciar-se a tal feito. Assim, no dia 14 de junho de 1970, a seleção brasileira de Zagallo e a seleção peruana de Didi, entraram em campo, no Estádio de Guadalajara, no México, quem vencesse seguiria na competição, quem perdesse estaria eliminado. A seleção brasileira, do técnico Zagallo, venceu da seleção peruana, do técnico Didi, por 4X2, em um jogo espetacular. Zagallo e a seleção brasileira viriam depois, de derrotar o Uruguai, em uma das semifinais e posteriormente a Itália, na final, conquistar para o Brasil, o título de tricampeão mundial, de futebol e assim, Zagallo, entrou para definitivamente, não só para a história do futebol, mas especialmente, para a história das Copas do Mundo, como sendo até então, somente ele, Zagallo, o primeiro e único homem a ser tricampeão mundial de futebol de seleções, no planeta, duas vezes com jogador e uma vez como técnico. Porém, isso não mácula, de forma alguma, a exemplar e espetacular vida de Didi, como um dos maiores jogadores de futebol profissional de todos os tempos, no Brasil e em todo o mundo, nem como técnico, pois, Didi, ainda hoje, ou até hoje, ele é considerado por muitos, no Peru, como o maior técnico, que a seleção peruana de futebol já teve, em todos os tempos, pelo menos até agora. Didi, também é considerado, um dos grandes técnicos, tanto no Brasil, como por todas as Américas e também por todo mundo, segundo os grandes e mais importantes cronistas mundiais, especializados em futebol, este maravilhoso esporte.

Pesquisa feita por Benigno Antonio Hermida Pinheiro Freire, com apoio e montagem de Yuri Barbosa dos Santos Hermida Pinheiro Freire

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