FRANÇOIS HOLLANDE TOMA POSSE COMO PRESIDENTE DA FRANÇA
FRANÇOIS HOLLANDE
O socialista François Hollande tomou posse como
presidente da França nesta terça-feira durante uma cerimônia no Palácio
do Eliseu, em Paris. Seu primeiro grande compromisso já está marcado
para esta noite: uma reunião com a chanceler alemã, Angela Merkel, para
discutir propostas com o objetivo de estimular o crescimento econômico
na Europa, um tema que causa controvérsias entre os dois líderes. A cerimônia de posse, transmitida pela televisão, foi breve. Hollande
passou a Guarda Republicana em revista e foi recebido no Eliseu por seu
antecessor, Nicolas Sarkozy, a quem derrotou na eleição presidencial. Em discurso para 400 convidados, Hollande disse que vai tentar
alterar o pacto europeu para incluir medidas de incentivo ao crescimento
às políticas de redução de déficit que, segundo críticos, estão
piorando as expectativas de expansão do bloco. "Para sair da crise a
Europa precisa de projetos de solidariedade e crescimento", afirmou. Espera-se que Hollande nomeie alguns dos principais integrantes de
seu governo ainda nesta terça-feira. O chefe dos deputados socialistas
Jean-Marc Ayrault deve ser nomeado primeiro-ministro e o servidor civil
Pierre-Rene Lemas escolhido para chefe de gabinet. Hollande viaja à tarde para Berlim, onde terá seu primeiro
encontro com Merkel, que apoiou a candidatura de Sarkozy e se recusou a
se encontrar com o socialista durante a campanha presidencial francesa. Os dois líderes terão uma reunião e participarão de um jantar. "Será
uma maneira de nos conhecermos. E também para dizermos com franqueza o
que pensamos sobre o futuro da Europa", disse Hollande na segunda-feira.
“A França e a Alemanha precisam trabalhar juntas, mas não pensamos da
mesma forma sobre determinados assuntos. E falaremos a respeito para
encontrarmos compromissos.” A chanceler declarou que irá receber Hollande "de braços abertos",
mas, por trás das declarações diplomáticas, Merkel não tem dado sinais
de que pretende mudar sua posição em relação à necessidade de controlar
os gastos públicos na Europa para superar a crise. A previsão é de que os dois líderes mantenham discussões em busca de
posições comuns para levá-las à reunião extraordinária de líderes da
União Europeia (UE) no próximo dia 23 e depois à próxima Cúpula do
bloco, nos dias 28 e 29 de junho. Para o jornal francês Le Monde, a forte derrota do partido da chanceler,
o CDU, nas eleições na Renânia do Norte-Vestfália, o Estado mais
populoso da Alemanha, pode reforçar, indiretamente, a posição de
Hollande. Isso porque a austeridade fiscal defendida por Merkel foi o
tema central da campanha dessa eleição regional. Mas analistas dizem que a derrota do partido de Merkel não significa
que a chanceler estaria isolada. Ela ainda continua popular, como indica
uma pesquisa publicada pela revista alemã Stern. Segundo a publicação,
59% dos alemães apoiam a política de austeridade do país. "A grande maioria dos alemães acha que é preciso ser muito rigoroso
em relação à dívida pública. A chanceler tem grande apoio popular nessa
questão", afirmou Nikolaus Blome, chefe de redação do jornal alemão Bild
em entrevista ao canal de TV France 2. Após a viagem à Alemanha, a agenda de Hollande continuará cheia. No
fim de semana ele embarca para os Estados Unidos para uma reunião com o
presidente Barack Obama e para participar das cúpulas do G8 e da Otan.
Fonte: Último Segundo
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