HISTÓRIA
MARCILIO DIAS UM HERÓI - MESMO COM UM BRAÇO DECEPADO CONTINUOU NA LUTA
MARCÍLIO DIAS
Marcílio Dias nasceu, na cidade de Rio Grande-RS, em 1838 e faleceu na cidade de Corrientes, na Argentina, no arroio Riachuelo, um pequeno rio que é um dos afluentes, famoso, rio Paraguai, em 12 de junho de 1865. De origem humilde, filho do trabalhador, Manuel Fagundes Dias, com a lavadeira, Procela Dias, Marcílio Dias era um homem de cor parda, escura e tinha os cabelos castanhos escuros e seus olhos eram pretos. Aos 16 (Dezesseis) anos ingressou Armada Imperial, como Grumete no dia em 06 (Seis) de junho de 1855, tendo sentado Praça no Corpo de Imperiais Marinheiros em 05 (cinco) de agosto, daquele mesmo ano. Devido ao seu empenho, esforço e inteligência, Marcílio Dias, rapidamente galgou as três classes de marinheiro. Em janeiro de 1863, matriculou-se na Escola Prática de Artilharia, embarcando na corveta Imperial, a fim de se habilitar na manipulação de artefatos bélicos, indispensáveis ao serviço de bordo, vindo a prestar exame a 10 de dezembro do mesmo ano, quando foi aprovado, passando a usar o distintivo de Marinheiro-Artilheiro. Na Batalha do Payssandu, um conflito entre Brasil e Uruguai, na fronteira entre os dois países, Marcílio Dias ficou famoso quando, na derradeira e vitoriosa batalha final, da guerra, a bordo do navio “Almirante Tamandaré”, sob o comando do famoso, Almirante, brasileiro, Mariz e Barros, em uma batalha que durou, cerca de cinqüenta e duas horas, entre os dias 31 de dezembro de 1864 e 02 de janeiro de 1865, foi um dos mais bravos combatentes, tendo ficado mais famoso, ainda, por seu grito de “Vitória”! Um grito, que até hoje, é repetido em diversos, eventos, principalmente nos eventos esportivos, quando, então, após a vitória brasileira, Marcílio Dias, ainda, subiu à torre da Igreja do Payssandu e acenou para os seus companheiros com a bandeira brasileira na mão. No ano de 1865, na guerra do Paraguai, ou guerra da Tríplice Aliança, que alinhava Brasil, Argentina e Uruguai, contra o Paraguai, na Batalha do Riachuelo, travada no Rio Paraná, em 11 de junho e 1865, quando chefiava o rodízio raiado de ré da corveta Parnaíba, sua embarcação foi abalroada por navios paraguaios, ainda dentro do Rio Paraguaia, próxima a confluência com o rio Paraná. Então, Marcílio Dias entrou em luta de sabres, contra quatro inimigos, conseguiu vencer dois deles, porém, um terceiro inimigo, na luta, conseguiu decepar-lhe, com um golpe de espada, um de seus braços, o braço direito, em que ele, Marcílio Dias sustentava seu sabre. Apesar da violenta dor, num ato de bravura e heroísmo, ele pegou a espada com a sua outra mão, com a sua mão esquerda e continuo na luta. Porém, a grande perda de sangue e as profundas dores, além do enfraquecimento, que tão brutal ferimento lhe causava, acabou por quedar-se, desmaiando e perdendo os sentidos. Os ferimentos sofridos causaram-lhe a morte no dia seguinte, em 12 de junho. Sendo sepultado com as honras do cerimonial militar e marítimo, nas águas do rio Paraná, em 13 de junho de 1865, seu corpo foi lançado nas águas do rio Paraná. Cerca de dois meses após a sua morte, em 01 de agosto do ano de 1865, o Quartel-General da Marinha Imperial incorporou à Força Naval um navio a vapor adquirido na Grã-Bretanha para servir para o transporte de tropas, batizando-o de Marcílio Dias, em homenagem ao seu heroísmo na Batalha do Riachuelo. Seu nome passou a ser cultuado, como modelo de dedicação à pátria e bravura, inclusive, ainda hoje, a principal pintura de seu retrato costuma figurar, com destaque, nos quartéis e navios da Marinha Brasileira e outras dependências administrativas, ou não administrativas, da Marinha Brasileira. Com honras militares, seu corpo foi em 13 de junho de l865, sepultado no Rio Paraná, onde suas águas serviram de túmulo para o grande brasileiro. São muitas as homenagens a Marcílio Dias. Em 17 de março de 1919, foi fundado o, o Clube Náutico Marcílio Dias, em Itajaí-SC, que se dedica ao futebol e outras modalidades esportivas; O Hospital Marcílio Dias, no Rio de Janeiro-RJ; Em 13 de dezembro de 1926, a Fundação do Amparo ao Marujo Brasileiro, recebeu o nome de Casa Marcílio Dias, sendo que este foi o embrião do atual e moderno, Hospital Naval Marcílio Dias (HNMD), no bairro Lins de Vasconcelos, zona norte do Rio de Janeiro; Em 1934, a Associação Mantenedora da “Casa de Marcílio Dias” doou a casa e o terreno que a circundava à Marinha, sendo aí instalado o Instituto Naval de Biologia (INB), oficialmente criado em 08 de fevereiro de 1939, destinado a pesquisas experimentais, preparo de produtos biológicos, ensino técnico e tendo, como anexo, um hospital para tratamento do pessoal da Armada, acometido de moléstias infecciosas e parasitárias, que contribui com eficácia, para o Sistema de Saúde da Marinha, prestando atendimento médico-hospitalar em nível terciário, executando a aplicação de cursos da sua área de competência e efetuando o planejamento e execução das atividades de pesquisa biomédica de interesse da Marinha; O contra-torpedeiro, Marcílio Dias, construído, em Londres, na Inglaterra e que foi lançado ao mar em julho de 1940, na presença, do então, presidente da república federativa do Brasil,o Doutor Getúlio Dornelles Vargas; A medalha Marcílio Dias, que até hoje, é sempre entregue aos melhores alunos da Escola de Aprendizes-Marinheiros do Brasil e outras, muitas outras homenagens, a ele são prestadas em todos os Estado do Brasil.
Pesquisa feita por Benigno Antonio Hermida Pinheiro Freire com apoio e montagem de Yuri Barbosa dos Santos Hermida Pinheiro Freire.
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