União Europeia exige libertação de todos os sequestrados
A alta representante da União Europeia (UE) para as Relações Exteriores e Política de Segurança, Catherine Ashton, exigiu que o grupo guerrilheiro Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) libertem todas as pessoas que estão sequestradas em seu poder. A mensagem da funcionária europeia também reiterou ontem o apoio do bloco à Colômbia em sua luta contra o "terrorismo" e a "violência". "A União Europeia faz um chamado às Farc e aos demais grupos armados ilegais na Colômbia para libertar imediatamente a todos os demais sequestrados que permanecem em cativeiro", afirmou Ashton. Segundo a alta funcionária, "a libertaçãounilateral de um número de pessoas sequestradas pelas Farc durante vários anos constitui um bom passo para o cumprimento do Direito Internacional Humanitário", relativo aos direitos civis durante conflitos armados. A declaração da diplomata ocorreu no mesmo dia em que foram finalizados os resgates dos últimos dois sequestrados que as Farc haviam prometido libertar unilateralmente em dezembro do ano passado. A guerrilha já libertou por iniciativa própria 18 pessoas. No último domingo, o grupo acabou libertando um refém além do planejado, o soldado Carlos Alberto Ocampo. Também foram colocados em liberdade os dirigentes políticos Marcos Baquero e Armando Acuña, o oficial da Marinha Henry López, o cabo do exército Salín Sanmiguel e o policial Guillermo Solórzano. Estes dois últimos foram resgatados ontem às 16h locais (18h no horário de Brasília) no aeroporto do departamento de Cali em um helicóptero brasileiro emprestado à missão humanitária composta por membros do Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV) e dois oficiais colombianos. As libertações ocorreram com três dias de atraso, uma vez que a previsão era para o último domingo. O governo colombiano acusou a guerrilha de ter dado coordenadas erradas para resgatar os reféns, enquanto a missão humanitária, encabeçada pela ex-senadora pelo Partido Liberal Colombiano Piedad Córdoba, alegou que houve dificuldades "dificuldades logísticas", de tempo e de topografia. As libertações foram realizadas na região do Cañón de las Hermosas, que liga os departamentos de Tolima e Vale do Cauca, onde se supõe que as Farc atuem. A área é submetida a intensos bombardeios e buscas por parte do Exército colombiano, mas as investidas foram suspensas durante os dias em que a missão humanitária resgatou os reféns, segundo um acordo entre o Ministério de Defesa e o CICV. A alta representante da União Europeia lamentou ainda que o grupo tenha raptado recentemente Óscar Orlando Valdéz e Freddy Cuenca, dois trabalhadores da multinacional irlandesa Smurfit Kappa, uma fábrica de pasta de celulose no sul da Colômbia. Ela assinalou que isso seria "uma clara contradição com o espírito humanitário" que estava por trás das libertações iniciadas na semana passada. Ashton reiterou ainda "apoio e a solidariedade da União Europeia com o povo colombiano e com seu governo em sua luta contra o terrorismo, pelo fim de toda a violência e por uma paz duradoura no país".
Fonte: DCI
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