Ações de revitalização da Região Serrana do Rio
A tragédia na Região Serrana do Rio deve gerar um prejuízo de cerca de R$ 50 milhões para o turismo, incluindo destruição de hotéis, cancelamento de reservas e baixa frequência nos restaurantes. Buscando alternativas, empresários da região e entidades representativas do turismo se reuniram na última semana para analisar o impacto das chuvas e montar uma estratégia para retomar a indústria. Os encontros foram promovidos em Nova Friburgo e Petrópolis, quando foram definidos grupos de crise nas duas cidades, que apontarão as necessidades mais urgentes para o setor e discutirão com as autoridades as primeiras ações de revitalização. As audiências foram promovidas pela Federação Brasileira de Hospedagem e Alimentação (FBHA) e pelos sindicatos de hotéis, bares e restaurantes das duas cidades, com participação da Secretaria de Estado de Turismo e da Companhia de Turismo do Rio (TurisRio). O presidente da FBHA, Alexandre Sampaio, sugeriu a prorrogação do prazo para recolhimento de contribuições como Pis/Pasep e Cofins, ICMS e ISS para os hotéis, bares e restaurantes. Outra sugestão foi acelerar a liberação de crédito nas linhas de financiamento do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal para a reconstrução. Alguns tributos, como o IPVA, já tiveram o prazo de pagamento prorrogado. A Investe Rio, agência de fomento do governo estadual, montou postos especiais para atendimento nas três cidades mais afetadas. Petrópolis conta com um Conselho Municipal de Turismo (Comtur), que fará parte do grupo de crise. A cidade possui 80 hotéis e pousadas, metade deles localizada no distrito turístico de Itaipava. O Vale do Cuiabá, que fica no distrito, foi o a região mais afetada pela enxurrada. O acesso ao local ainda é difícil e os cinco hotéis do vale não estão operando. Um deles foi completamente destruído. A cervejaria Cidade Imperial, nos arredores, também foi bastante afetada. Uma sondagem feita pelo Petrópolis Conventions & Visitors Bureau mostrou que alguns hotéis tiveram até 79% de reservas canceladas para os meses de janeiro e fevereiro, um prejuízo direto de cerca de R$ 1,6 milhão. Nos restaurantes, a frequência está reduzida em 70%. Alguns empresários pensam em fechar suas casas por alguns dias e dar férias coletivas aos funcionários para reduzir as perdas. Já Nova Friburgo conta com 135 hotéis e pousadas. Muitos ainda estão inacessíveis, e cinco estabelecimentos foram arruinados. Restaurantes e hotéis estão trabalhando com cerca de 40% a menos de funcionários. E as principais atrações turísticas do centro da cidade, a Praça do Suspiro e o teleférico, encontram-se arrasados.
Fonte: O Debate
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