Michel Temer
Tensão PT-PMDB é primeiro teste para Michel Temer
O governo não completou 48 horas e já foi necessária uma intervenção do vice-presidente Michel Temer para evitar a desestabilização da aliança entre PT e PMDB em função da distribuição de cargos de segundo escalão. Partiu de Temer o alerta para que as nomeações fossem suspensas e se dessem sobre outras bases, depois de acalmados os ânimos. Dilma Rousseff acatou imediatamente. Mas esta foi só a primeira cartada de um jogo ainda distante do lance final. A pressão sobre Temer aumentará a cada dia até que se estabilizem as relações na aliança – se é que elas chegarão a um ponto de equilíbrio. Enquanto Temer ganha tempo, espera-se que os peemedebistas se conformem com o óbvio: se perderam o titular das poderosas pastas da Saúde, da Integração Nacional e das Comunicações, também perderão em cascata os cargos de comando de autarquias, fundações, estatais ligadas a estes ministérios. Não é pouca coisa: é uma avalanche de gente insatisfeita e desempregada batendo na porta de seus padrinhos. E mais: uma fortuna em verbas para a qual o PMDB terá de dizer adeus, de uma vez por todas. A gritaria não será pequena e só está começando. Adiá-la é solução provisória, enquanto se pensa em compensação possível para os casos mais dolorosos, que a esta altura começam a ser listados por Palocci e Luiz Sérgio. É provável que Dilma tenha de abrir mão de algumas joias da coroa, como diretorias de estatais do setor elétrico ou energético, ou mesmo em bancos de fomento, para acomodar afilhados dos peemedebistas. O esforço para pacificar o PMDB não vai sair barato para o governo. E esta conta só aumenta desde a composição do ministério Dilma. A presidente estreou no governo devedora de seu principal aliado. E a conta será apresentada ao vice, Michel Temer.
Fonte: R7 - Christina Lemos
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