sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Cesare Battisti

 Presidente italiano envia carta a Dilma pedindo extradição de Battisti

O presidente italiano, Giorgio Napolitano, enviou uma carta à presidente Dilma Roussef, em que explica os motivos pelos quais a Itália voltou a pedir a extradição do ex-ativista político Cesare Battisti, desta vez com um recurso no Supremo Tribunal Federal. Trechos da carta foram divulgados nesta sexta-feira pelos principais jornais italianos, depois que o documento foi disponibilizado para os advogados que representam o país no processo brasileiro. Após parabenizar novamente a presidente pela eleição, Napolitano diz que a recusa da extradição de Battisti "é um motivo de amargura e decepção para a Itália" e que "talvez não tenha sido totalmente compreendida a necessidade de justiça (...) dos familiares das vítimas pelos brutais e injustificáveis ataques armados, assim como dos feridos e sobreviventes". Segundo o jornal italiano La Reppublica (clique aqui para ler o artigo original do La Reppublica), o chefe de Estado diz em seguida que a extradição é "uma necessidade de justiça ligada ao empenho das instituições democráticas do meu país e da coletividade nacional, que foram capazes de reagir à ameaça e aos ataques do terrorismo, conseguindo derrotá-lo segundo as regras do Estado de Direito". A carta afirma ainda que a Itália tem "confiança absoluta no poder judiciário do Brasil" e por isso levou seu pedido ao Supremo Tribunal Federal, mas que também "usará todos os recursos possíveis oferecidos pelo direito internacional" para conseguir a extradição de Battisti com base no acordo entre Brasil e Itália. A assessoria de imprensa da presidente Dilma Roussef disse que a carta foi recebida no dia 14 de janeiro, e que não há previsão de resposta. O ex-ativista político Cesare Battisti foi condenado à prisão perpétua pela Justiça italiana, acusado de participação em quatro assassinatos entre 1977 e 1979, quando integrava o grupo Proletários Armados pelo Comunismo. Ele nega as acusações. Sua extradição foi negada pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva em seu último dia de governo.

Fonte: BBC Brasil

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