Carlos Minc
Estado do RJ criará rede integrada de radares meteorológicos
As secretarias do Ambiente e da Ciência e Tecnologia juntarão esforços e recursos para a criação de uma rede de monitoramento de áreas de risco em todo o Estado do Rio de Janeiro. O anúncio foi feito pelo secretário do Ambiente, Carlos Minc, após assinar a portaria que formaliza a parceria entre os órgãos. A meta é ampliar o sistema de mapeamento para evitar tragédias como a que aconteceu na região serrana. No próximo verão, radares meteorológicos estarão operando 24 horas por dia para alertar, até 12 horas antes, sobre a ocorrência de fortes chuvas. “Nós já fazemos o nosso mapeamento com o Departamento de Recursos Minerais do Estado do Rio de Janeiro (DRM). Combinei com o secretário de Ciência e Tecnologia, Alexandre Cardoso, nosso novo parceiro, de fazer esse mapeamento de risco na mesma padronagem”, afirma Minc. “Os critérios precisam ser iguais em todos os municípios fluminenses. Os radares serão ligados a nível nacional, principalmente com São Paulo. A medida deve ser publicada no Diário Oficial do Estado do Rio da próxima segunda-feira”, afirmou Minc. De acordo com a Secretaria do Ambiente, os radares serão instalados em Macaé e Resende. Simultaneamente à criação da rede de monitoramento da distância, da intensidade e do avanço das tempestades, será realizado o treinamento das defesas civis municipais para garantir agilidade e eficiência no atendimento a populações em situação de risco. “Para cobrir todo o espaço - fazendo uma operação conjunta entre as secretarias do Ambiente e Ciência e Tecnologia e adquirindo dois radares, softwares e qualificando equipes - precisaremos de investimentos de mais ou menos R$ 30 milhões”, explica Minc. “A previsão é adquirir todos os radares através de recursos do Banco Interamericano de Desenvolvimento, do Fundo Estadual de Conservação Ambiental (Fecam) e da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (Faperj)”, completa. O vice-governador e secretário de Obras do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão, afirmou que a reconstrução de Nova Friburgo, devastada pelas chuvas, irá demorar mais de dois anos. A cidade é uma das mais destruídas pelos temporais que atingiram a região serrana na semana passada. Sobre o prazo para a reconstrução das outras cidades, Pezão afirma que São José do Vale do Rio Preto, Areal e Bom Jardim deverão demorar de um ano e meio a dois anos para recuperar a normalidade. O número de desaparecidos na região serrana do Rio de Janeiro cresce cada vez mais à medida que as equipes de resgate identificam novas áreas atingidas pelas fortes chuvas da semana passada. O levantamento feito pelo PIV (Programa de Identificação de Vítimas), do Ministério Público Estadual, aponta que 333 pessoas ainda não foram encontradas. Nove são crianças. No último levantamento, foram identificadas 156 pessoas de Teresópolis, 117 de Nova Friburgo, 29 de Petrópolis, três de Bom Jardim, uma de Sumidouro e outra de São José do Vale do Rio Preto. Em outros 26 casos, não foi identificado o local. As ações de resgate de identificação de mortos e desaparecidos poderá ser agilizada com a liberação das estradas afetadas pelas chuvas. O DER (Departamento de Estradas de Rodagem) do Rio informou que conseguiu desobstruir mais de 90% das rodovias estaduais da região. No momento, somente a RJ-134 e a RJ-146 ainda estão com trechos interrompidos. Até agora, a Defesa Civil do Estado confirma mais de 740 mortes, mas o número pode passar de mil, já que muitas áreas ainda estão inacessíveis. O Rio de Janeiro vai receber um empréstimo de R$ 485 milhões do Banco Mundial. O governador Sérgio Cabral havia solicitado à presidente Dilma Rousseff que solicitasse o repasse.
Fonte: eBand
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