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Won Sei-hoon

Chefe da inteligência sul-coreana prevê mais um ataque do Norte

A Coreia do Norte muito provavelmente vai atacar a Coreia do Sul outra vez, disse nesta quarta-feira o chefe da inteligência sul-coreana, enquanto uma frota de navios de guerra norte-americanos, liderada por um porta-aviões, deixava as águas do Sul. "Há uma grande possibilidade de que o Norte faça mais um ataque", disse Won Sei-hoon, diretor do Serviço Nacional de Inteligência, a um comitê parlamentar. O ministro da Defesa do Sul, Kim Tae-young, também já alertou sobre uma "ampla possibilidade" de um novo ataque do Norte, após o encerramento de um exercício militar dos EUA com a Coreia do Sul nesta quarta-feira. Won disse que grampos telefônicos realizados em agosto indicaram que o governo norte-coreano estava preparando um ataque na costa oeste com o objetivo de abrir caminho para a transição de poder ao filho do líder Kim Jong-il, de acordo com a agência de notícias Yonhap. "Em agosto deste ano, nós confirmamos os planos da Coreia do Norte de atacar cinco ilhas no Mar Ocidental, através de grampos telefônicos", disse ele. "Mas não esperávamos um bombardeio (do Norte) contra civis, já que a Coreia do Norte normalmente faz ameaças." Na semana passada, a Coreia do Norte bombardeou a ilha de Yeonpyeong, no primeiro ataque do tipo contra civis sul-coreanos desde o fim da Guerra da Coreia (1950-1053). Quatro pessoas morreram, incluindo dois civis. Analistas afirmam que o ataque foi uma maneira de forçar a retomada das negociações internacionais para que os norte-coreanos abandonem seu programa nuclear em troca de ajuda financeira de potencias mundiais, ou uma tentativa de reforçar as credenciais militares do próximo líder do país, Kim Jong-un. Won disse que o ataque à ilha Yeonpyeong foi realizado por causa de "reclamações internas sobre a sucessão, no Norte, de uma terceira geração (da família Kim), e a piora da situação econômica". Kim Jong-un é o filho mais jovem do convalescente líder Kim Jong-il.

Fonte O Globo e Agência Reuters