segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

O Papa Bento XVI

Papa: A Igreja deve questionar seus erros
O Papa Bento XVI afirmou nesta segunda-feira que a Igreja deve questionar os próprios erros, para que escândalos, como os casos de pedofilia envolvendo religiosos, não se repitam. "Devemos discutir o que é errado... na nossa maneira de definir o que é um cristão", disse o papa, ao receber membros da cúria romana para as felicitações de Natal. Em discurso, no qual apresenta um panorama do ano que passou, Bento XVI destaca longamente a "humilhação" vivida pela Igreja Católica em seguida aos escândalos que a abalaram neste período: "devemos acolher esta humilhação como exortação à verdade e um apelo à renovação", disse ele. Segundo o papa, a Igreja deve deve "se interrogar sobre o que poderá fazer para reparar o máximo possível (esta) injustiça" e "ser capaz de penitência". Repetiu ter sido "abalado" por estes escândalos, com dimensão "inimaginável", que "ferem profundamente a pessoa humana na sua infância, causando dano para toda a vida". O olhar da Igreja "cobriu-se de poeira" durante o Ano sacerdotal (ano dedicado aos padres, de junho de 2009 a 2010), lamentou ele. Afirmando estar "consciente da gravidade particular deste pecado cometido pelos padres e da responsabilidade correspondente" da Igreja, acrescentou: "não se pode calar o contexto no qual os acontecimentos se produziram". "Existe um mercado de pornografia infantil, que parece, de uma certa forma, ser sempre e mais considerado pela sociedade como coisa normal", precisou. "Nos anos 70, a pedofilia foi teorizada como coisa pertencente ao homem e à criança", acrescentou ele. E nesta época, "a moral cessou de existir", disse ainda. Denunciou também "o turismo sexual" que "ameaça toda uma geração e atinge sua liberdade e dignidade", e a "droga" que, "com uma força crescente, estende seus tentáculos sobre o globo terrestre inteiro". Desde a revelação há um ano de centenas de abusos cometidos na Irlanda, escândalos semelhantes explodiram nos Estados Unidos e em vários países da Europa, entre eles a Alemanha, país natal do papa, provocando a mais grave crise no seio da Igreja Igreja Católica nas últimas décadas.

Fonte: AFP

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