Eduardo Braga
Braga será ministro da Previdência
O ex-governador do Amazonas e senador eleito Eduardo Braga (PMDB) deverá ser o ministro da Previdência no governo de Dilma Rousseff. Apesar das restrições do PMDB à pasta, cujo o orçamento é majoritariamente vinculado ao pagamento de aposentadorias e pensões, a cúpula do partido decidiu aceitar a oferta e indicar o ex-governador para o cargo. Este é o terceiro ministério acertado entre o PMDB e Dilma Rousseff. No xadrez ministerial, o PMDB ficará com as pastas de Minas Energia, sob o comando do senador Edison Lobão (MA), e da Agricultura, que continuará nas mãos de Wagner Rossi. O Ministério do Turismo também poderá ficar com o PMDB. A direção do partido apresentou uma lista com os nomes de seis deputados candidatos ao ministério. Os mais cotados para a vaga são Mendes Ribeiro (RS) e Pedro Novais (MA). O PMDB reivindica cinco ministérios. A secretaria de Assuntos Estratégicos poderá ser a quinta pasta a ser ocupada pelo partido. Ao mesmo tempo em que o PMDB acerta seu espaço no futuro governo, o PSB também faz as últimas tratativas com os interlocutores de Dilma Rousseff para definir quais ministérios vai ocupar. O deputado Ciro Gomes (CE), que foi obrigado pelo partido a desistir de sua candidatura à presidência da República, deverá perder seu apadrinhado político no primeiro escalão do futuro governo. A secretaria de Portos provavelmente continuará nas mãos do PSB, mas com a nomeação do deputado Márcio França (SP), para o cargo. Hoje, a secretaria é comandada por Pedro Brito, ligado a Ciro. Além da secretaria de Portos, o PSB deverá chefiar outros dois ministérios no governo de Dilma Rousseff: o da Integração Nacional e o da Micro e Pequena Empresa, que ainda será criado. Por sua vez, Ciro poderá vir a ocupar a presidência de uma estatal. O Banco do Nordeste do Brasil (BNB) é uma das opções para alocar o deputado. Em viagem à Europa com um dos filhos, Ciro já foi cogitado para ocupar a presidência do BNDEs, mas acabou descartado. O Banco continuará a ser dirigido pelo socialista Luciano Coutinho. O presidente nacional do PSB e governador de Pernambuco, Eduardo Campos, está em Brasília para acertar os últimos detalhes da participação do partido no futuro governo. O nome do ex-prefeito de Petrolina Fernando Bezerra Coelho é praticamente certo para comandar a Integração Nacional. Sua indicação conta com o aval de governadores do Nordeste, como Jaques Wagner (Bahia), Marcelo Deda (Sergipe) e Eduardo Campos (Pernambuco), a quem Fernando é ligado. Nas eleições deste ano, Fernando desistiu de disputar uma vaga ao Senado a pedido de Campos e apoiou Humberto Costa, recém-eleito senador, com a promessa de que ganharia um cargo importante em Brasília. Para ao Ministério da Micro e Pequena Empresa o nome mais cotado é o do senador Antonio Carlos Valadares (SE). Sua escolha permite que o presidente nacional do PT, José Eduardo Dutra, assuma uma cadeira no Senado _ Dutra é o primeiro suplente de Valadares. O nome de Márcio França, que é presidente do PSB em São Paulo, tem o apoio da bancada na Câmara e no Senado. A pretexto de um seminário do partido, que começa hoje, Eduardo Campos passa os próximos dias em Brasília em costuras políticas para definir o espaço do PSB no futuro governo. Logo depois da eleição de Dilma Rousseff para a presidência da República, o PSB passou a defender mudança nos espaços ocupados pelos partidos no próximo governo. Nos oito anos de governo Lula, os socialistas comandaram a pasta da Ciência e Tecnologia _ que, agora, vai para o petista Aloizio Mercadante. A cúpula do PSB decidiu trocar a pasta por uma mais "robusta" e passou a reivindicar, então, o Ministério da Integração Nacional.
Fonte: D24am.com
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