terça-feira, 16 de novembro de 2010

Previsão do mercado para o IPCA de 2011 sobe para 5,05%; 9ª alta seguida

O mercado financeiro elevou sua expectativa para o IPCA de 2011, de 4,99% para 5,05%, na pesquisa Focus. Para 2010, a mediana das previsões subiu de 5,31% para 5,48%, na nona elevação seguida. A estimativa estava em 5,20% há um mês. A projeção suavizada para o IPCA nos próximos 12 meses também subiu e passou de 5,14% para 5,21%, ficando em patamar superior ao registrado há quatro semanas, quando a estimativa estava em 5,16%. No grupo dos analistas que mais acertam as estimativas na pesquisa do BC, o chamado Top 5, a mediana para o IPCA em 2011 no cenário de médio prazo saltou 1 ponto porcentual, de 5,17% para 6,17%. Com esse aumento, a previsão do grupo se aproxima do teto da meta de inflação, que é de 6,50% (o centro da meta é 4,5%). Para 2010, esse grupo elevou sua estimativa para o índice de 5,55% para 5,64%. Há um mês, o Top 5 previa, respectivamente, inflação de 5,01% e 5,46%. Entre todos os analistas ouvidos, a estimativa para o IPCA em novembro de 2010 teve a segunda alta seguida e passou de 0,51% para 0,55%, ante 0,50% de um mês atrás. Para dezembro, a previsão avançou de 0,49% para 0,50%. Há quatro semanas, a previsão era de 0,49%. A pesquisa mostrou ainda que foi mantida a estimativa para o IPC-Fipe em 2011 em 4,71%. Para 2010, a previsão subiu de 6,02% parta 6,06%. Há quatro semanas, as medianas para o indicador estavam, respectivamente, em 4,66% e 5,33%. O mercado financeiro está mais pessimista com a trajetória da inflação e prevê que será necessário aumentar ainda mais os juros no próximo ano para conter a remarcação de preços. A mediana das previsões para o patamar do juro no fim do próximo ano aumentou de 11,75% para 12%. Dessa forma, analistas apostam que o juro deve subir 1,25 ponto porcentual no decorrer do primeiro ano do governo de Dilma Rousseff. A pesquisa Focus mostra que o ciclo de aperto monetário deve começar em abril, com um aumento de 0,50 ponto porcentual (para 11,25%). Depois, haveria nova elevação idêntica em junho, o que levaria a taxa para 11,75%. O ciclo terminaria em setembro, com aumento menor, de 0,25 ponto, o que levaria o juro para 12% ao ano. Para 2010, foi mantida a expectativa de que o juro não deve sofrer alteração e que, portanto, seguirá no atual patamar de 10,75% anuais na última decisão do ano, que acontece nos dias 7 e 8 de dezembro. Na mesma pesquisa, a expectativa para a Selic média no decorrer de 2011 foi mantida em 11,59%, ante 11,56% de um mês atrás. Para 2010, a previsão de juro médio seguiu em 10,03% pela 12ª semana seguida. O mercado financeiro elevou mais uma vez a previsão para os IGPs em 2011. De acordo com a pesquisa Focus divulgada há pouco pelo Banco Central, a mediana das previsões para o IGP-DI no próximo ano teve elevação de 5,18% para 5,26%, ante 5,14% de um mês atrás. Para o IGP-M do ano que vem, a expectativa para o indicador avançou de 5,30% para 5,35%, ante 5,25% de um mês antes. Para 2010, as previsões também avançaram mais uma vez. Para o IGP-DI, a aposta subiu de 9,94% para 10,36% na 10ª elevação consecutiva. Já para o IGP-M, a previsão aumentou de 10,05% para 10,59% na 11ª elevação seguida. Há um mês, analistas esperavam, respectivamente, aumentos de 9,68% para o IGP-DI e 9,73% para o IGP-M. Para os preços administrados - as tarifas públicas - a expectativa de alta em 2011 manteve-se em 4,60%. Para 2010, a aposta permaneceu em 3,50%. Há um mês, analistas acreditavam que a alta do conjunto de preços administrados seria de 4,70% no ano que vem e de 3,50% neste ano. Analistas mantiveram a expectativa para a expansão do Produto Interno Bruto (PIB) em 2010 e 2011. De acordo com a pesquisa Focus divulgada há pouco pelo Banco Central, a mediana das apostas para a expansão da economia neste ano manteve-se em 7,60%. Há um mês, a estimativa estava em 7,55%. Para 2011, foram repetidos os números que apontam crescimento do PIB de 4,50%, cenário mantido pela 49ª semana consecutiva. Na mesma pesquisa, a aposta de crescimento do setor industrial em 2010 cedeu de 11,12% para 11,07%, na sexta redução consecutiva da previsão, que estava em 11,30% há um mês. Para 2011, a previsão de crescimento do setor industrial manteve-se em 5,25%, ante 5,20% observados há um mês. O levantamento do BC também mostra que a mediana das previsões para a relação entre a dívida líquida do setor público e o PIB em 2010 caiu de 40,89% para 40,55%. Para 2011, o número também recuou, de 39,64% para 39,60%. Há um mês, analistas previam 40,94% para 2010 e 39,67% para 2011. O mercado financeiro reduziu pela quarta semana seguida a previsão para o patamar do câmbio no fim do próximo ano. De acordo com a pesquisa Focus realizada semanalmente pelo Banco Central, a previsão para o câmbio no fim de 2011 caiu de R$ 1,77 para R$ 1,75. Já para o fim de 2010, a previsão manteve-se em R$ 1,70. Há um mês, o mercado previa câmbio de R$ 1,80 e de R$ 1,70, respectivamente para 2011 e 2010. Para a taxa média de câmbio, a previsão para 2011 caiu de R$ 1,75 para R$ 1,74. Para 2010, a estimativa manteve-se em R$ 1,76. Quatro semanas atrás, essas projeções estavam em R$ 1,76 para os dois anos. O mercado aumentou mais uma vez a previsão de déficit em transações correntes em 2011. De acordo com a pesquisa Focus divulgada há pouco pelo Banco Central, a mediana das estimativas para o rombo das contas externas no próximo ano saltou de US$ 64,75 bilhões para US$ 68 bilhões. Para 2010, a previsão manteve-se em US$ 50 bilhões pela 10ª semana seguida. Há um mês, o mercado esperava déficits de US$ 62 bilhões em 2011 e de US$ 50 bilhões em 2010. Para a balança comercial, a previsão de superávit em 2011 manteve-se em US$ 8 bilhões. Para 2010, a estimativa de saldo positivo seguiu em US$ 16 bilhões. Quatro semanas atrás, as estimativas para cada um desses dois anos estavam em US$ 9 bilhões e US$ 15,85 bilhões, respectivamente. Na mesma pesquisa, o mercado reduziu a previsão para o ingresso de Investimento Estrangeiro Direto (IED), de US$ 37,50 bilhões para US$ 37 bilhões em 2011. Já para 2010, foi repetida estimativa de ingresso de US$ 30 bilhões em capital externo produtivo. Há um mês, a expectativa era de entrada era de US$ 38 bilhões no próximo ano e US$ 30 bilhões neste ano.

Fonte: Estadão

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