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Lula afirma que Cúpula G-20 precisa solucionar guerra cambial

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou hoje que na Cúpula do G-20 Brasil quer discutir a questão da mudança monetária, pois todo mundo sabe que existe uma guerra cambial, que precisa ter uma solução. "Queremos discutir o compromisso de todos os países com a política cambial, que satisfaça a todos e deixe todo mundo em igualdade de condições na disputa comercial", afirmou Lula em seu habitual programa radial das segundas-feiras "Café com o presidente", que hoje voltou ao ar, depois de um recesso pelo processo eleitoral. Recordou que na última reunião de titulares de Economia do G-20 (as principais 20 economias do mundo), o ministro brasileiro da Fazenda, Guido Mantega, denunciou a guerra cambial. Isto é, explicou Lula, a desvalorização das moedas estadunidense e chinesa diante das outras está causando um desequilíbrio no comércio mundial e precisamos voltar a ter equilíbrio. O presidente adiantou também que na Cúpula (Seul, Coréia do Sul, no próximo fim de semana) será abordada "a economia mundial desde a crise de 2008, que estremeceu os Estados Unidos e a Europa, e que ainda não foi solucionada". Apontou que o G-20 foi criado porque não existia um fórum multilateral para tomar decisões, orientar, inclusive o próprio sistema financeiro. Então, prosseguiu, vamos debater a volta do crescimento econômico, sobretudo, nos Estados Unidos e na União Européia. Lula afirmou que nesses países o consumo está muito baixo, o mercado interno está debilitado e se precisa dinamizar a economia, que para o presidente brasileiro significa aquecer o comércio, o que se consegue não impondo barreiras ao livre comércio. Outro assunto importante que vamos analisar na Cúpula de Seul é o instrumento de controle do sistema financeiro -disse-, que depois da irresponsabilidade da crise de 2008, não pode continuar sem controle. Requer, sentenciou Lula, no mínimo um instrumento multilateral que possa fiscalizar a influência do sistema financeiro mundial para evitar a especulação, sobretudo, como ocorre no mercado imobiliário estadunidense, ou no mercado a futuro. O presidente brasileiro viaja hoje a Moçambique para uma visita de dois dias, depois da qual irá a Seul para participar da Cúpula do G-20. Nessa reunião será acompanhado pela presidenta eleita do Brasil, Dilma Rousseff, que parte esta noite para a nação asiática, convidada pelo governo sul-coreano.

Fonte: Prensa Latina