Abstenção no segundo turno chega a 21,5% e é recorde, afirma TSE
A abstenção no segundo turno chegou a 21,5% do eleitorado e bateu recorde, segundo o TSE (Tribunal Superior Eleitoral). Com 99,98% dos votos apurados, o número de brasileiros que deixaram de votar neste domingo (31) passou dos 29 milhões. No primeiro turno, 18% dos eleitores não foram às urnas, segundo o TSE. De acordo com o presidente do TSE, Ricardo Lewandowski, o principal motivo da abstenção foi o feriado prolongado, que fez com que muitos eleitores deixassem de votar.- O maior dos problemas foi a ocorrência de uma feriado prolongado, chuvas e condições adversas em alguns lugares e a seca no Norte que fez com que rios não ficassem navegáveis.Lewandowski descartou a possibilidade de mudança de data no segundo turno para evitar novos recordes de abstenção.- Não se pode mudar a data de uma eleição que é estabelecida na Constituição. O que se pode fazer é descolar o feriado para que não acorra próximo das eleições, como aconteceu.O ministro do TSE lembrou que historicamente a abstenção é maior no segundo turno, já que em muitos Estados a eleição para governador já foi definida no primeiro turno.Em 1994 e 1998, quando Fernando Henrique Cardoso foi eleito e reeleito, a abstenção foi de 18,8% e 21,4%, respectivamente. Nos dois pleitos em que Luiz Inácio Lula da Silva saiu vitorioso, em 2002 e 2006, as abstenções foram de 20,4% e 18,9%. As duas taxas referem-se aos segundos turnos. Já nos primeiros turnos, as ausências foram menores: 17,7% (2002) e 16,7% (2006).Votos brancos chegaram a 2,3%, segundo a Justiça Eleitoral. Já o número de votos nulos atingiu 4,4%. Votos brancos e nulos são descartados da contagem final da apuração. A Constituição Federal (a lei mais importante do país) diz que o candidato a presidente precisa ter mais de 50% dos votos válidos, o que tira dessa conta os brancos e nulos. Se, por exemplo, 70% dos votos acabarem anulados, a Justiça Eleitoral só leva em conta os outros 30%. Assim, basta que um dos candidatos alcance mais de 15% dos votos para terminar com a faixa no peito.Neste domingo, 1.609 urnas tiveram que ser substituídas em todo o país, o que representa 0,402% das 400 mil urnas usadas na eleição. Apenas três seções eleitorais precisaram usar cédulas de papel: uma no Rio de Janeiro, uma em São Paulo e outra em Sergipe.Os Estados que tiveram mais substituições de urnas foram São Paulo, com 234 aparelhos trocados, seguido por Rio de Janeiro (207) e Minas Gerais (161). Os três Estados representam os maiores colégios eleitorais do país.
Fonte: R7
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