Viktor Orban
Hungria abre inquérito criminal para apurar vazamento de lama tóxica
A Hungria abriu um inquérito criminal nesta quarta-feira para apurar o vazamento de lama tóxica e a União Européia pediu às autoridades que façam tudo o que puderem para deixar a substância contaminada longe do Danúbio - o que afetaria meia dúzia de outras nações. Milhares de pessoas tiveram de ser evacuadas depois que um reservatório gigante ruiu na segunda-feira em uma usina de alumínio em Ajka, uma cidade a 160 quilômetros de Budapeste, capital do País. Pelo menos quatro pessoas morreram, três ainda estão desaparecidas e 120 foram afetadas pela torrente de lama vermelha que inundou casas, ruas e contaminou cerca de 1 milhão de metros cúbicos de resíduos tóxicos em diversas cidades vizinhas. Na quarta-feira ainda não se sabia porque parte do reservatório havia vazado. O Primeiro Ministro Viktor Orban disse que as autoridades foram pegas de surpresa pela catástrofe, pois a usina havia sido inspecionada apenas duas semanas antes e nenhuma irregularidade fora encontrado. A porta-voz da Polícia, Monika Benyi, disse que a decisão do Chefe de Polícia Jozsef Hatala de abrir inquérito reflete a importância e a complexidade do desastre. Ela afirmou que os investigadores estão apurando se houve descuido no trabalho. O imenso reservatório, com mais de 300 metros de altura e 450 de largura já havia parado de vazer nesta quarta, mas uma parede protetora tripla estava sendo erguida ao redor da área danificada.Guardas estão postados ao lado do local para o caso de uma nova emergência. A torrente vermelha já atingiu o rio Marcal, mas não se sabe o quanto ele foi contaminado. Trabalhadores estavam despejando mil toneladas de gesso na água para tentar dar uma liga à lama e impedi-la de chegar no rio Danúbio, que está a cerca de 72 quilômetros. As autoridades húngaras estimaram na terça que a substância demoraria cerca de cinco dias para atingir o rio, um dos mais importantes da Europa. Além da Hungria, o Danúbio banha a Croácia, a Sérvia, a Romênia, a Bulgária, a Ucrânia e a Moldávia - e deságua no Mar Negro. Os engenhairos consideraram até mesmo desviar o rio Marcal, mas decidiram não fazê-lo, temendo que os danos sejam imensos.
Fonte: Estadão
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