terça-feira, 26 de outubro de 2010

Hillary Clinton

Hillary diz não ver problema em usina nuclear do Irã


Os Estados Unidos não têm problemas com a usina nuclear iraniana de Bushehr, e sim com outros lugares onde armas atômicas podem estar sendo desenvolvidas, disse a secretária de Estado norte-americana, Hillary Clinton, nesta terça-feira.  Horas antes, o Irã anunciou oficialmente que começou a colocar combustível nuclear no reator da sua primeira usina atômica, num importante passo rumo à meta declarada de se tornar uma potência nuclear pacífica.  "Nosso problema não é com o reator nuclear deles em Bushehr, nosso problema é com suas instalações em lugares como Natanz e a instalação secreta em Qom e outros lugares onde acreditamos que eles estejam conduzindo seu programa de armas", disse Hillary.  "Ouvi parte do noticiário de que, sabe, 'Ah, meu Deus, os iranianos estão ativando seu reator'. Não é essa a questão", afirmou Hillary a jornalistas durante uma reunião com o ministro austríaco de Relações Exteriores, Michael Spindelegger.  "Eles têm direito à energia nuclear pacífica e civil", acrescentou. "Eles não têm direito a armas nucleares".  A secretária enfatizou que o reator de água leve de Bushehr, construído e abastecido pelos russos, não tem relação com o impasse internacional envolvendo o programa iraniano de enriquecimento de urânio, concentrado em Natanz e outros lugares.  Teerã garante que seu programa nuclear se destina exclusivamente à geração de energia para fins civis, e alega precisar do programa de enriquecimento para abastecer futuras usinas atômicas que venha a construir. Hillary admitiu que o reator de Bushehr, "com base em tudo o que sabemos a respeito e em tudo o que os russos nos informaram,... é estritamente para propósitos pacíficos".  As autoridades iranianas dizem que o acionamento do reator mostra que o programa nuclear do país está resistindo às sanções internacionais.  Paralelamente a isso, Teerã cogita a possibilidade de retomar o diálogo com potências internacionais - EUA, Grã-Bretanha, França, Rússia, China e Alemanha - a respeito do seu programa de enriquecimento de urânio.

Fonte: O Globo e Agência Reuters - Reportagem de Louis Charbonneau e Patrick Worsnip

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