terça-feira, 28 de setembro de 2010

Rubnei Quícoli

Consultor depõe à PF e diz que não conhecia família Guerra


O consultor Rubnei Quícoli, que denunciou um suposto esquema de tráfico de influência na Casa Civil afirmou nesta terça-feira (28) que não sabia que, ao negociar a aprovação de um projeto, tratava com filho da ex-ministra da Casa Civil Erenice Guerra. A denúncia foi uma das responsáveis pela saída da ministra do cargo. Na denúncia, ele afirmou que integrantes do governo pediram propina para que um projeto de R$ 9 bilhões fosse aprovado no Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Segundo ele, a negociação foi feita pela empresa Capital, de Saulo Guerra, filho de Erenice. Quícoli prestou depoimento nesta terça na PF de São Paulo por carta precatória, uma vez que o inquérito que investiga tráfico de influência na Casa Civil corre em Brasília. Neste caso, o delegado de São Paulo colheu o depoimento para enviar ao delegado responsável pelo inquérito. "Eu fiquei surpreso sobre o papel que [os filhos de Erenice] tiveram. Isso veio à tona pela mídia e não por mim. Eu não sabia quem era Israel, quem era Saulo. Isso é novidade para mim. Inicialmente, eu não sabia quem era quem em Brasília. Só estive lá para viabilizar o projeto. Também não se sei se a ministra sabia [do esquema de crobrança de propina]", disse após um depoimento de mais de sete horas. O consultor afirmou ainda que nunca disse que a suposta propina seria para a campanhas do PT. "Só coloquei que Marco Antônio (Oliveira, ex-diretor dos Correios e tio de Vinícius Castro, ex-assessor da Casa Civil) me pediu. Nunca disse que o dinheiro era para campanha do PT, para Dilma. (...) Eu disse que Marco Antônio pediu para favorecer Dilma, Erenice." Entenda a crise que motivou a saída de Erenice Guerra da Casa CivilO ex-diretor dos Correios tem depoimento marcado para a próxima segunda-feira (4). O consultor relatou ainda que, no depoimento nesta terça, só reforçou o que já havia falado para a imprensa. Além de Quícoli, prestaram depoimento na Superintendência da Polícia Federal em São Paulo dois sócios da EDRB, empresa que ele representava. Quícoli disse que tem 50% de participação no projeto para o qual pedia financiamento, um projeto de energia solar no Nordeste. A assessoria da PF não informou o horário em que os sócios da EDRB, Aldo Wagner e Marcelo Escarlassara deixaram o local. Aos jornalistas, o consultor disse ainda que o projeto não foi negado, como foi divulgado. "Não tem como dizer que foi negado, o projeto está em andamento. O que existe é uma pessoa querendo levar vantagem. O projeto não tem nada que o desabone." Ele afirmou que "um bando de bandidos" tentou prejudicar o processo.

Fonte: G1

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