quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Receita Federal

Receita mantém previsão de alta de 12% na arrecadação em 2010

Com a lucratividade das empresas em alta, a arrecadação federal de impostos bateu recorde pelo 11º mês consecutivo, atingindo uma variação real de 12,59% de janeiro a agosto. A Receita Federal ainda não refez suas estimativas, mantendo a previsão entre 10% e 12% de crescimento no ano.  Segundo o subsecretário de Tributação, Sandro Serpa, uma referência para avaliação do comportamento da receita tributária é o lucro das empresas. O Imposto de Renda e a Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) recolhidos entre janeiro e agosto sobre o balanço do último trimestre apontam evolução real (descontado o IPCA) de 15,71%.  As contribuições Cofins e PIS-Pasep, que espelham o faturamento geral, subiram ainda mais: 16,1% nos oito primeiros meses do ano, totalizando R$ 112,4 bilhões.  Serpa ressalva que a Receita Federal não faz vinculação direta entre a arrecadação e o Produto Interno Bruto (PIB), mas usa três variáveis básicas para analisar o comportamento da receita tributária: variação da produção industrial que subiu 15,43% entre dezembro de 2009 e julho de 2010; a venda de bens e serviços que cresceu 14,17% e a massa salarial, com alta de 11,54% na mesma comparação.  "Essas variáveis que impactam a arrecadação diretamente continuam apresentando expansão", comentou o subsecretário, lembrando que a arrecadação federal tem crescimento real contínuo desde outubro de 2009.  Ele destaca ainda que a receita previdenciária acusou crescimento real de 10,78% entre janeiro e agosto de 2010, ou R$ 144,58 bilhões, outro dado recorde, vinculado à expansão do nível de emprego formal no país.  Destaque ainda para o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) outro que subiu 26,18%, e o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) com mais 33,9%. O IPI de automóveis cresceu 203,2% no período, mas sobre uma base comprimida de 2009 em função da redução promovida pelo governo por conta da crise global.  Somente em agosto, a arrecadação teve alta real de 15,32% sobre o mesmo mês do ano passado, atingindo R$ 62,7 bilhões, recorde mensal. Reflexo do aumento de compras no exterior, o IPI importações subiu 60,51% reais no mês, e 23,61% no ano, segundo a Receita Federal.

Fonte: O Globo -  (Azelma Rodrigues Valor)

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