quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Michelle Bachelet

Bachelet diz que faltam oportunidades a mulheres na América Latina


A ex-presidente chilena Michelle Bachelet, que ontem foi nomeada para comandar uma nova agência das Nações Unidas dedicada especialmente a mulher, recordou as condições de desigualdade e as poucas oportunidades para as mulheres na América Latina. Em entrevista divulgada hoje pela Rádio ONU, em Nova York, Bachelet falou sobre os problemas da região, lembrando que a mulher latino-americana não tem autonomia econômica suficiente para defender os seus direitos. A ex-presidente disse que é necessário permitir que as mulheres tenham condições de realizar suas capacidades, sua liderança e que tenham sua própria identidade feminina com mais autonomia cultural e econômica para a garantia de seus direitos. "Para que as latino-americanas tenham mais oportunidades, os países não poderão ficar neutros na discussão. Mas sim, se comprometer com todos os setores da sociedade e da área privada no avanço do tema", declarou a chilena. Sobre o novo cargo, ela revelou que este será um grande desafio e, apesar de ser uma questão de direitos humanos, em muitas partes do mundo os direitos das mulheres estão sendo violados. "Muitas mulheres não estão condições de igualdade e tem poucas oportunidades", advertiu. Michelle Bachelet, que governou o Chile entre 2006 e 2010, foi nomeada na última terça-feira pelo secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, para comandar a ONU-Mulher. A escolha da ex-presidente, que deixou o governo do Chile em março deste ano, foi aprovada por unanimidade. Com alto índice de popularidade em seu país, ela deverá utilizar de sua "liderança" para "melhorar as condições de vida de milhões de mulheres e crianças em todo o mundo", afirmou Ban ao anunciar a designação. A nova agência das Nações Unidas, criada em julho passado, concentrará as atividades de quatro órgãos já existentes -- o Fundo da ONU para o Desenvolvimento da Mulher (Unifem), o Instituto Internacional de Pesquisas e Capacitação para a Promoção da Mulher (Instraw, na sigla em inglês), a Divisão da ONU para o Avanço da Mulher (Daw, na sigla em inglês) e o Escritório do Assessor Especial para Assuntos do Gênero (Osagi, na sigla em inglês).

Fonte: O repórter

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