quinta-feira, 9 de setembro de 2010



Indústria começa segundo semestre com crescimento moderado


A atividade industrial do país começou o segundo semestre em ritmo de crescimento moderado, de acordo com pesquisa divulgada nesta quinta-feira (9) pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) referente ao mês de julho. De acordo com números apresentados por Marcelo Ávila, da unidade de Pesquisa, Avaliação e Desenvolvimento da CNI, o faturamento cresceu 3,6% na comparação com junho, as horas trabalhadas aumentaram 1,6% e o emprego avançou 0,5%. São indicadores significativos, segundo ele, principalmente se for levado em conta que o setor apresentou um ritmo forte de expansão industrial nos primeiros meses do ano, seguido de uma acomodação no segundo trimestre. Apesar da maior atividade industrial em julho, a utilização da capacidade instalada (UCI) recuou pelo terceiro mês consecutivo - de 82,5% em junho para 82,3% em julho - na contramão do “crescimento intenso e continuado do emprego”, destacou Ávila. A pesquisa da CNI constatou que o faturamento real da indústria de transformação expandiu 8,9% em relação ao mesmo mês do ano passado e já é 4,2% superior ao período pré-crise, em setembro de 2008. O indicador de horas trabalhadas também cresceu 8,1% em relação a junho de 2009, mas ainda permanece 2,2% inferior ao patamar pré-crise. Enquanto isso, a taxa de evolução do emprego acelerou 7,3% comparado a julho de 2009 e também ultrapassa o período pré-crise em 0,8%. Como o aumento do emprego impulsiona os salários, Marcelo Ávila informou que a massa salarial da indústria cresceu 3,6% no mês de julho na comparação com junho, e expandiu 8% em relação a julho do ano passado. No acumulado do ano, o aumento é de 5,6% sobre igual período de 2009. Embora com números mais modestos, a estabilidade de preços também possibilitou 0,8% de ganho no rendimento médio real do trabalhador este ano, comparado aos sete primeiros meses do ano passado. O analista da CNI disse que 14 dos 19 setores da indústria tiveram expansão e oito deles se destacaram pelo maior ritmo de crescimento da atividade: veículos automotores, material eletrônico e de comunicação, máquinas e materiais elétricos, máquinas e equipamentos, produtos de metal, química, outros equipamentos de transporte e minerais não metálicos. A nota destoante ficou por conta dos quatro setores com queda de faturamento: refino e álcool (-7,2%), têxteis (-7%), madeira (-4,2%) e papel e celulose (-0,2%). Na comparação dos últimos 12 meses, o setor de veículos automotores cresceu em todos os indicadores. O faturamento aumentou 15,9%, o emprego expandiu 10,8%, as horas trabalhadas na produção evoluíram 14,7%, a massa salarial avançou 8,5% e o uso da capacidade instalada cresceu 5,8 pontos percentuais. Destaque também para o setor de material eletrônico, com faturamento 9,3% maior, aumento de 16% no emprego, mais 2,4% nas horas trabalhadas e expansão de 6,3 pontos percentuais na UCI. Os setores que mais ganharam no faturamento foram os de outros equipamentos de transporte (25,3%) e de máquinas e equipamentos (18,5%). Apesar da expansão ter ocorrido em taxas diferentes, de setor para setor, Marcelo Ávila afirmou que, “de modo geral, a indústria voltou a crescer em julho, e o maior dinamismo se reflete no emprego, que cresce de forma contínua e disseminada”.

Fonte: DCI - Diário Comércio Indústria e Negócios

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