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IBGE divulga um retrato do Brasil em 2009
O IBGE divulgou nesta quarta-feira a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) de 2009, quando quase 154 mil residências foram visitadas. Os números revelam contrastes enormes na forma como determinados serviços chegam aos lares dos brasileiros. Brasileiros sem acesso à rede de esgoto. “Na cidade não tem rede de esgoto e vai tudo para as águas fluviais”, afirmou o contador Marcos Araújo.Brasileiros que navegam pela internet em banda larga. "A gente acha o que quiser na internet: pesquisa, pessoas, música", disse Isabela Araújo, de 12 anos. Parecem dois Brasis diferentes, mas eles são da mesma família. O que acontece na casa da família Araújo é, na verdade, um retrato do país, segundo o IBGE. A PNAD, pesquisa que mostra como vivem as famílias, revela um Brasil com um contraste curioso: os brasileiros têm cada vez mais acesso à tecnologia, mas os serviços básicos ainda custam a chegar. Saneamento, por exemplo: a rede de abastecimento de água já atende à maioria dos brasileiros, mas cresceu pouco de 2008 para 2009. A pesquisa também mostra que, em 2009, quatro em cada dez residências ainda não estavam ligadas à rede de esgoto. Eram 24 milhões de famílias vivendo na mesma situação de Raimundo. Na Região Norte, onde problema é ainda mais grave, o acesso à rede coletora de esgoto parece privilégio: apenas 13% das moradias têm. Na comparação com 2004, ano em que o IBGE passou a incluir na pesquisa a zona rural da Região Norte, os avanços nessa área foram poucos. E entre 2008 e 2009, a porcentagem de residências com rede de esgoto teve até uma ligeira queda. Enquanto isso, a internet foi chegando à casa dos brasileiros em alta velocidade. O número de lares conectados à rede mais que dobrou em cinco anos: já são 16 milhões. E a internet está cada vez mais popular: 41% das pessoas navegaram pela rede em 2009, um aumento de quase 113% em relação a 2005. O número de celulares também se multiplicou. Em 2009, 41% das residências tinham apenas telefone móvel. Na sala, Rodrigo vive cercado de tecnologia, mas a água que sai da torneira vem de um poço e a rede de esgoto não chega até ele. “Se você olhar para a casa, tem tecnologia para tudo quanto é lado. Eu adoro tecnologia, mas se você der dez passos, vai ver a falta de água, a falta de esgoto”, destacou ele. A distância entre ricos e pobres diminuiu, no ano passado. É uma tendência desde os anos 90. Quanto mais baixo o chamado Índice de Gini, menor é a desigualdade. A exceção, em 2009, foi a Região Norte, onde os que recebem mais tiveram um aumento maior de salário. O Nordeste é hoje a região de maior desigualdade do Brasil.
Fonte: Jornal Nacional
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