Celso Amorim
Amorim aplaude eleições e volta da oposição à Assembleia Nacional da Venezuela
O chanceler Celso Amorim elogiou nesta segunda-feira o processo eleitoral na Venezuela, que marcou a volta da oposição à Assembléia Nacional após cinco anos. O ministro brasileiro disse que a presença de opositores no Legislativo é importante e viu como positiva a reação do presidente Hugo Chávez, que já garantiu que respeitará os resultados. - O mais importante é que foi uma eleição democrática e livre. O presidente Chávez, que aparentemente usa muito o Twitter, disse que vai respeitar o resultado. É um avanço - afirmou Amorim em Nova York, em declarações reproduzidas pela Agência Brasil. Chávez conquistou no domingo a maioria simples na Assembleia Nacional (unicameral), mas a oposição, que boicotou o pleito de 2005, superou o nível de um terço dos 165 deputados, com o que espera frear os projetos chavistas. Com dois terços do Legislativo, o presidente venezuelano poderia aprovar leis orgânicas e nomear os outros poderes do Estado - como os magistrados da Suprema Corte - sem necessidade de realizar acordos com outras forças políticas. - A oposição às vezes é muito incômoda. Mas é importante para discutir e dialogar - afirmou o chanceler, no intervalo das reuniões da Asssembleia Geral da ONU. - Foi muito bom que a oposição tenha decidido participar, isso leva ao diálogo - completou o ministro. As eleições venezuelanas também foram comentadas por Fidel Castro. Em artigo publicado na imprensa oficial cubana, ele disse que o inimigo "conseguiu parte de seus objetivos" ao tirar a maioria de dois terços do chavismo. Em referência aos Estados Unidos, o líder cubano escreveu que, ainda que "o império acredite que obteve uma grande vitória", os vencedores foram "a Revolução Bolivariana e seu líder Hugo Chávez". Fidel apontou ainda que os americanos querem o petróleo venezuelano". O secretário-geral da Organização dos Estados Americanos (OEA), José Miguel Insulza, afirmou por sua vez que o resultado leva todos à necessidade de "refletir e dialogar para seguir adiante com o processo democrático". De forma parecida se manifestou o Departamento de Estado americano, que aplaudiu o processo eleitoral e fez chamadas ao diálogo. - Felicitamos os milhões de venezuelanos que exerceram seu direito democrático do voto nas eleições - disse o porta-voz Charles Luoma.
Fonte: O Globo e Agência Reuters
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