quinta-feira, 30 de setembro de 2010


 Aloísio Campelo

FGV: nível de estoques da indústria fica estável em setembro


O nível de estoques da indústria da transformação ficou estável em setembro, com 99,9 pontos, de acordo com a Sondagem da Indústria de Transformação da Fundação Getúlio Vargas (FGV). Porém, segundo o coordenador do índice, Aloísio Campelo, com a tendência de crescimento da produção para os próximos meses alguns setores já registram uma diminuição nos estoques, antes considerados excessivos e mostram uma tendência de normalização e até de insuficiência. É o caso de bens duráveis e alimentos, particularmente no segmento de material de transporte (veículos). Campelo afirmou que a indústria automobilística registrou um aumento dos estoques com o fim dos benefícios fiscais mas que, de agosto para setembro, depois de meses de estabilização, voltou a registrar um nível de estoque mais baixo. Já os setores de bens de capital e de bens intermediários registram movimento contrário e estão acumulando estoques nos últimos meses. "A indústria automobilística estava com estoques elevados no mês de abril, mas agora eles já estão voltando a ficar em níveis baixos", afirmou Campelo. Outro setor com nível de estoque considerado excessivo foi o de produtos de matérias plásticas que registrou o pior resultado desde maio de 2008. As indústrias de metalurgia e mecânica também estão com estoques acima da média, o que pode indicar, de acordo com Campelo, um aumento da entrada de importados no País. Já o Nível de Utilização da Capacidade Instalada (Nuci) ficou em 85% em setembro, contra 84,9% em agosto. Embora acima de sua média histórica (83,1%), o Nuci registra estabilidade há seis meses. O resultado mais forte foi registrado em junho, quando registrou 85,5%. Em junho de 2008, o Nuci chegou a atingir 86,7%. "O Nuci de setembro está num patamar confortável", disse Campelo, ressaltando porém que a demanda está forte, o que dá a indústria uma boa capacidade de barganha nas negociações com os clientes. De agosto para setembro, o Nuci dos bens duráveis de consumo subiu de 89,9% para 90,2%, bem acima da média histórica de 81,6%. Já o Nuci de bens de materiais de construção caiu de 91% para 89,6%. Os demais segmentos (não duráveis de consumo, bens de capital e bens intermediários) mantiveram estabilidade, com 81,2%, 84,1% e 86,6%, respectivamente.

Fonte: Último Segundo

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