O ministro da Previdência Social Carlos Eduardo Gabas
Ministro prevê mutirões por médicos peritos para atender segurados
A possível realização de mutirões para atender aos segurados que estão em licença médica e que deverão passar pela perícia do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), não deverá causar prejuízos na qualidade do atendimento, disse nesta terça-feira (17) o ministro da Previdência Social, Carlos Eduardo Gabas. Para ele, o governo "tem que zelar pela boa prestação do serviço à sociedade, por isso cada parte tem que ceder um pouco e assim será possível chegar a um acordo". Em reunião realizada no Ministério da Previdência Social foi acertada a formação de uma comissão - com a participação do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, da Federação Nacional dos Médicos e da Associação Médica Brasileira - para discutir uma série de questões de interesse da categoria no setor público. "Muitas delas impossíveis de serem decididas neste ano, em função do período eleitoral", lembrou Cid Carvalhaes, e que por isso devem ficar para o próximo governo. O atendimento deverá ser estendido aos fins de semana e poderá ocorrer também à noite, durante cerca de dois meses, período variável para cada localidade. Segundo Gabas, a perícia "é um ato médico na sua essência, por isso está garantida a autonomia do médico perito em seu trabalho". O ministro afirmou também que acredita "no compromisso social desses médicos, implícito na sua atividade". O presidente da Federação Nacional dos Médicos (Fenam), Cid Carvalhaes, declarou que o Código de Ética Médica, em vigor desde o dia 12 de abril deste ano, prevê que o profissional da área deve perseguir a qualidade a todo custo. Acrescentou que, no caso dos peritos, eles não vão permitir prejuízo às pessoas que estão dependendo de avaliação médica para voltar ao trabalho e também do reconhecimento do tempo da licença em função do benefício pago pelo INSS durante o afastamento. O presidente do INSS, Valdir Simão, disse que não é possível quantificar o custo adicional que a Previdência Social terá nessa conta. Ele acredita que "a maioria dos peritos médicos têm a preocupação de fazer um bom atendimento, dentro dos seus compromissos como servidores públicos". A maior demanda pela perícia médica ocorre no Rio Grande do Sul, em Santa Catarina, São Paulo e na Bahia. Segundo Simão, é importante que a greve acabe logo, pois está causando transtornos às pessoas que moram longe, gastam com passagens para se deslocar até os postos de atendimento e têm que voltar outro dia.
Fonte: Abril.com
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