Ave sendo retirada viva do mar no vazamento de óleo no Golfo do México
Vazamento está quase contido, diz BP
Perto do fim. Vazamento de óleo atingiu hábitat de aves como o pelicano marrom e prejudicou a economia no Golfo do México Depois de quase quatro meses e uma manobra bem-sucedida, a empresa British Petroleum (BP) anunciou ontem estar perto de controlar de forma definitiva o vazamento de óleo de uma plataforma no Golfo do México, que deixou escapar 5 milhões de barris de petróleo, no maior desastre ecológico da história dos EUA. "A longa batalha para interromper o vazamento e conter o petróleo está próxima de chegar ao fim", comemorou o presidente dos EUA, Barack Obama, que sofreu um impacto negativo na sua popularidade por causa do episódio. "Os esforços continuarão. Ainda precisamos reverter os estragos feitos", acrescentou. O governo e a BP preveem que até o fim de agosto todo o problema do vazamento estará resolvido. Duas boas notícias permitem esta avaliação. Primeiro, o "static kill" - nome dado a mais um procedimento para tapar o vazamento - funcionou. O mecanismo prevê o lançamento, por meio de mangueiras e canos, de uma espécie de lama sobre o vazamento. A operação é similar ao "top kill", que fracassou em maio. O sucesso desta vez se deve à capa que fechou temporariamente o vazamento de petróleo, facilitando o trabalho. Além disso, um poço alternativo deve ficar pronto até o dia 15, retirando toda a pressão do Macondo, onde ocorreu a explosão na plataforma Deep Horizon em 20 abril, provocando o vazamento. Um terceiro poço também está sendo construído, mas seu uso não deverá ser necessário - a construção é só por garantia caso haja uma falha no segundo. Todo o processo de redução da pressão do poço deve durar até o fim do mês, quando o vazamento estará sob controle. "Só podemos considerar o trabalho completo quando terminarmos de injetar essa lama especial e taparmos com cimento a falha no poço que propiciou o escape do óleo", afirmou o almirante da reserva da Guarda Costeira Thad Allen, nomeado por Obama para representar o governo na força-tarefa com a BP encarregada de conter o vazamento no golfo. Estrago menor. O anúncio de que o vazamento está praticamente controlado coincidiu com a divulgação, ontem, de um relatório do governo com novas estimativas do volume de óleo lançado nas águas do golfo. De acordo com o relatório, foram despejados cerca de 652 milhões de litros de óleo, quantidade suficiente para encher 260 piscinas olímpicas (cada uma tem capacidade para 2,5 milhões de litros de água). Desse total, metade já foi recuperada, queimada ou simplesmente evaporou. Outros 25% dispersaram através de reações químicas. E o restante - 163 milhões de litros - continua no golfo, perto da superfície. O estrago foi enorme, mas não tão grave quanto previam alguns cientistas. Antes do vazamento no golfo, o maior desastre envolvendo petróleo havia sido no episódio do petroleiro Exxon Valdez, que afundou no Alasca em 1989, liberando 42 milhões de litros de óleo no mar - cerca de 6,5% do atual vazamento. A BP viu o valor de suas ações despencarem 40%, além de ter gasto bilhões com o procedimento para conter o vazamento. A empresa trocou até o CEO para poder lidar melhor com a crise.
Fonte: Gustavo Chacra, correspondente em Nova York - O Estado de S.Paulo
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