sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Lua


 



Lua está "murchando", diz especialista da Nasa



A Lua está encolhendo. Fotografias tiradas pela sonda LRO (Lunar Reconnaissance Orbiter), enviada pela Agência Espacial Americana (Nasa) ao satélite para investigar sua órbita, revelou que, em um passado recente — pelo menos em termos astronômicos —, a circunferência da superfície lunar contraiu cerca de 100m. A descoberta foi relatada pelo cientista Thomas Watters em um artigo publicado pela revista especializada Science.  As fotos revelaram 14 novas escarpas lobulares — pequenas formações que, até agora, acreditava-se terem sido originadas por falhas tectônicas — na superfície lunar. Elas são as mais jovens formações do satélite e, de acordo com Watters, provavelmente estão presentes em toda a Lua. A análise das imagens sugere que as escarpas se formaram durante um período de contração, há menos de um bilhão de anos (em termos de comparação, a Terra tem mais de 4 bilhões de anos), quando a Lua congelou e encolheu seu tamanho.  Antes das imagens tiradas pela LRO, as escarpas haviam sido identificadas pelas câmeras das missões Apollo 15, 16 e 17, que só conseguiram registrar 20% da superfície do satélite natural. Por causa da limitação, acreditava-se que as escarpas estavam restritas à região do equador lunar. Segundo o artigo de Watters, porém, elas estão presentes em toda a Lua. “Apesar de muitas escarpas lobulares serem encontradas nas montanhas, vimos que elas estão em toda parte. Antes, acreditava-se que estavam apenas na porção equatorial por causa das fotos feitas pelas câmeras panorâmicas da Apollo”, disse Watters ao Correio.  O chefe da missão LRO, Mark Robinson, está entusiasmado com a capacidade da sonda em capturar imagens que revelam aspectos ainda desconhecidos da Lua. “As imagens em ultrarresolução estão mudando nossa visão sobre a Lua”, disse Robinson, que também é professor da Universidade do Arizona e coautor da pesquisa, por meio da assessoria de imprensa da Nasa. “Não apenas detectamos escarpas ainda desconhecidas, mas estamos conseguindo ver muito mais detalhes dessas formações do que conseguíamos com base apenas nas fotos tiradas pelas missões Apollo.”

Fonte: Correio Braziliense - Paloma Oliveto

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